Álvaro Pacheco não é mais técnico do Vasco . Após a derrota por 2 a 0 para o Juventude, na última quarta-feira (19), o clima ficou insustentável para o treinador português, que atingiu três resultados negativos em apenas quatro jogos. O executivo Pedro Martins também não resistiu ao mau momento do clube .
Pacheco foi informado nesta quinta-feira (20) após reunião presencial com o presidente Pedrinho, depois da chegada da delegação ao Rio de Janeiro. O retorno à capital carioca, aliás, atrasou devido a um tiroteio no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, e teve a logística modificada. Anteriormente, a equipe voltaria ainda na madrugada de quarta, mas, fechado após uma tentativa de assalto, o aeroporto só reabriu ao meio-dia desta quinta.
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O Vasco da Gama comunica que Álvaro Pacheco e sua comissão foram desligados do comando técnico da equipe. O clube agradece aos profissionais e deseja sorte na sequência de suas carreiras.
Rafael Paiva assume o comando interinamente.#VascoDaGama pic.twitter.com/XuQUARFCPS
— Vasco da Gama (@VascodaGama) June 20, 2024
Pedro Martins realizará transição para novo executivo de futebol
Pedro Martins não seguirá como Diretor Executivo de Futebol do Vasco da Gama. Em comum acordo entre as partes, nos próximos dias será realizada a transição da gestão e planejamento do Departamento de Futebol para… pic.twitter.com/GxVvhwAlzg
— Vasco da Gama (@VascodaGama) June 20, 2024
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O presidente Pedrinho encarregou-se de dar a notícia ao português, visando evitar a falha de comunicação que aconteceu quando da saída de Ramón Díaz, em abril. À época, a 777 Partners ainda estava à frente da SAF do Vasco, com o CEO Lúcio Barbosa a cargo das decisões. Ele, porém, não estava em São Januário na derrota por 4 a 0 sobre o Criciúma, em que culminou com a saída do argentino. Ainda existe uma guerra de versões, com os Díaz afirmando terem sido demitidos “via Twitter”, enquanto o Vasco defende que os argentinos pediram o boné na saída do campo.
Com a liminar concedida pela Justiça do RJ, que suspendeu o contrato com o fundo norte-americano, agora a caneta está na mão do diretor executivo Pedro Martins, já que os cargos de CEO e CFO (acima na hierarquia da SAF) estão vagos.
Chegada animadora, passagem desastrosa
Quando chegou ao Vasco, o português Álvaro Pacheco simplesmente não conseguia esconder a animação por seu primeiro trabalho longe de Portugal.
“Estou muito feliz, é um grande clube brasileiro. Venho com uma vontade muito grande de ajudar o Vasco. Sei quem criou, sei a história. É um clube que foi crescendo e conquistando títulos muito importantes”, disse em seu desembarque no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 19 de maio.
Mas o que parecia o início de uma parceria duradoura começou como pesadelo. Na estreia de Álvaro, mesmo tendo duas semanas para trabalhar, o Vasco perdeu por 6 a 1 para o Flamengo, um dos maiores vexames da história do clube – a maior goleada aplicada pelo Rubro-Negro no Clássico dos Milhões.
Depois, mais 11 dias de trabalhos. Dessa vez para enfrentar o Palmeiras, no Allianz Parque. A difícil missão se confirmou com a bola rolando, com o Cruz-Maltino chutando apenas duas bolas a gol e sofrendo 28 finalizações – somando 58 em apenas dois jogos. Eram oito gols sofridos no curto período.
Na terceira partida, contra o Cruzeiro, constatou-se uma espécie de evolução, com o time criando algumas chances, ainda que sem tanta inspiração. Defensivamente, a mudança para a formação com quatro defensores (vinha usando três zagueiros) parecia surtir efeito, com o time pouco sofrendo sustos. Na ocasião, o Vasco teve seu primeiro jogo com a baliza inviolada no Brasileirão.
Três dias depois, porém, a péssima atuação e consequente derrota para o Juventude foram a gota d’água para a diretoria de Pedrinho. O aproveitamento do português ficou, então, em 8,3% – venceu apenas um de 12 pontos possíveis.
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