A espera da torcida do Fluminense, enfim, acabou. Nesta quinta-feira (6), o ídolo Thiago Silva desembarca no Rio de Janeiro para delírio dos tricolores, que prometem uma bonita festa no Aeroporto do Galeão. O horário ainda será definido, visto que o defensor teve um imprevisto na Inglaterra. No dia seguinte, o clube repetirá o que fez com Marcelo e fará a apresentação do zagueiro no Maracanã, com direito a show do Sorriso Maroto.
Revelado nas divisões de base do clube carioca, o jogador escreveu seu nome no futebol europeu, sendo um dos melhores do mundo em sua posição. Por lá, ergueu troféus, como o da Champions League com a camisa do Chelsea e teve atuações que o colocaram em quatro Copas do Mundo pela Seleção Brasileira. Agora, retorna ao Tricolor com a promessa de muita entrega e um salto de qualidade no setor mais questionado pela torcida.
O “Monstro”, apelido que ganhou da torcida tricolor, não estreou como profissional pelo clube de Laranjeiras. Antes disso, deu seus primeiros passos no futebol pelo RS Futebol Clube, em 2004. Em seguida, permaneceu no Rio Grande do Sul e defendeu as cores do Juventude ao lado de Fernando Diniz, seu futuro treinador, e marcou três gols.
Pior momento da carreira
Nas primeiras experiências no Velho Continente, Thiago atuou no Porto, de Portugal, e no Dínamo de Kiev, na Ucrânia, onde recebeu o diagnóstico de tuberculose. No momento mais difícil da vida, chegou perto de encerrar a carreira de forma precoce, mas ele se curou da doença. Algo que aconteceu ao buscar um médico especialista indicado por Ivo Wortmann, então treinador da equipe de Caxias do Sul.
O comandante, aliás, foi essencial para o início do defensor no Fluminense, justamente quando esteve à frente da equipe em 2006. Dessa forma, ele pediu o retorno do jogador, que entrou de vez no hall de grandes ídolos em sua primeira passagem. Naquele mesmo ano, participou de 48 partidas como titular, ajudou o time a permanecer na elite e chegou à semifinal da Copa do Brasil.
Transformação em ídolo
Na temporada seguinte, Thiago Silva foi um dos melhores zagueiros do país e peça fundamental no título inédito da Copa do Brasil e na campanha do Brasileirão. Com 9 gols, ganhou o prêmio individual “Bola de Prata”, da revista “Placar”. Em 2008, se consolidou de vez e chegou à Seleção em 23 de maio, logo depois da classificação heroica do Tricolor na Libertadores diante do São Paulo, no Maracanã.
Na semifinal, estufou a rede no duelo com o Boca Juniors, na Argentina, algo que contribuiu para que a equipe chegasse forte para a decisão contra a LDU, do Equador. A Glória Eterna não veio, visto que o time carioca sucumbiu nos pênaltis. No entanto, a idolatria foi confirmada, sendo o melhor zagueiro do Brasileirão novamente, assim como o prêmio de “Craque da Galera”, em votação popular.
O defensor fechou, então, a temporada com seis gols em 46 partidas. No geral, portanto, ele soma 146 jogos e 14 gols pelo clube. Logo na sequência, se transferiu para o Milan, onde permaneceu por quatro temporadas. Com a camisa do Paris Saint-Germain, ficou por oito, enquanto no Chelsea, mais quatro, encerrando seu ciclo no futebol europeu.
Por fim, o defensor participou de quatro Copas do Mundo e vestiu a braçadeira de capitão da Seleção Brasileira em três delas: 2014, no Brasil; 2018, na Rússia; e 2022, no Catar. O camisa 3 conquistou os títulos da Copa América (2019) e da Copa das Confederações (2013). São, ao todo, 113 jogos e sete gols pela Seleção principal.
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