O presidente do São Paulo, Júlio Casares, depôs nesta quarta-feira (22) na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. O dirigente foi o primeiro a ser ouvido na sessão, que ainda contará com depoimentos do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Perdiz de Jesus, e do procurador-geral do mesmo colegiado, Ronaldo Botelho Piacente.
Casares, depondo na condição de convidado como testemunha, respondeu aos ataques feito pelo dono da SAF do Botafogo, John Textor. O norte-americano acusa o Tricolor de ter facilitado o jogo contra o Palmeiras, no qual o São Paulo saiu derrotado por 5 a 0. O embate aconteceu no Allianz Parque, pela 29° rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado.
Casares apontou que a partida entre São Paulo e Palmeiras aconteceu logo após a conquista inédita da Copa do Brasil. Além disso, o presidente admitiu que os jogadores do Tricolor entraram em campo sem o mesmo nível de concentração.
“Depois de uma grande conquista, há um relaxamento. A gente tomou gol com 15 minutos, teve jogador expulso… No vestiário, eu vi jogadores insatisfeitos, discutindo, porque a rivalidade é grande”, disse Casares.
Casares questiona inteligência artificial de John Textor
Além disso, o mandatário questionou se o norte-americano também fez uso de inteligência artificial para investigar o comportamento dos atletas da equipe do qual é dono, quando sofreu uma virada histórica para o Palmeiras, durante a Série A de 2023.
“Achei e acho ainda uma esperança para o futebol brasileiro um investidor do tamanho dele (John Textor), mas eu não sei se esse mesmo estudo dessa plataforma foi feito quando ele tomou uma virada histórica do Palmeiras, ganhando de 3 a 1, perdeu pênalti… É muita vezes irresponsável, sem prejuízo de ter que apurar, você fazer juízo de valor. Olha, aquele jogador teve 80% de passes errados. Isso não significa que ele esteve envolvido. Há indícios? Então, tem que se apurar. Mas a responsabilidade tem que ser medida no que a gente fala”, falou o presidente do São Paulo.
Por fim, Casares também admitiu surpresa com as declarações de John Textor. Agora, espera que o dono da SAF do Botafogo sofra as punições devidas por conta das acusações.
“Eu tomei esse conhecimento pela mídia. Tenho por Textor um respeito, mas eu fiquei surpreendido. Olha, eu não faria isso. Talvez, eu levaria, se tivesse indício, para os órgãos competentes. Mas eu não faria juízo de valor em cima de profissionais”, finalizou.
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