O radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nesta quarta-feira (15), aos 87 anos, vítima de um câncer. Ao longo da carreira, o jornalista se consagrou no rádio e marcou gerações com seus comentários em diferentes estações, como Globo e Tupi. Assim, o corpo do jornalista é velado na sede social do Flamengo, seu clube do coração, na Gávea.
Entre os presentes, está o companheiro de rádio do Apolinho, Gérson Canhotinha de Ouro, tricampeão com a Seleção Brasileiro em 1970, no México. O craque comentou sobre a despedida do amigo e a importância dele no cenário radiofônico brasileiro.
“Nós perdemos um grande personagem, dentro e fora do microfone. Ele sempre tinha uma palavra para os mais velhos e principalmente para os mais novos. Companheiro da melhor qualidade. conheço Washington há mais de sessenta anos. trabalhamos juntos em duas emissoras (Globo e Tupi). A programação, por exemplo, normalmente a gente entrava quando ele estava participando. Acho que é uma perda muito grande. Situação complicadíssima. Perdemos o Gilsão e agora o Washington, é irreparável”, ressaltou.
Amor ao esporte e ao Flamengo
Também estão presentes na cerimônia Aranha, Eraldo Leite, Roberto Assaf, Diogo Lemos e Dunshee, ambos dirigentes do Flamengo. Outro representante do rubro-Negro, é Cacau Cotta, que falou sobre Washington Rodrigues e a relação com o clube carioca.
“Apolinho era único, um ícone. Tão inteligente, tão fora da curva, que criou um personagem vascaíno para poder fazer aquela resenha, Era amado por todos, por toda torcida. Apolinho é exemplo de amor ao esporte, à família, ao Flamengo, que transbordava nele e não conseguia se conter. Ele era imparcial e todos amavam escutá-lo, se inspiravam. Inspiração para muitos rubro-negros. Estará em nossos corações, ouvidos e mente para sempre”, salientou.
“Em uma das fases mais difíceis do Flamengo, ele esteve aqui à disposição da instituição. Qualquer homenagem que a instituição fizer pra ele será pouca. Realmente, um dos maiores rubro-negros que conheci na minha vida”, completou.
Passagem pelo Rubro-Negro
Em 1995, o radialista, que era um apaixonado pelo Flamengo, aceitou o convite do então presidente Kleber Leite, assumiu a tarefa de treinar o Rubro-Negro. No ano do centenário, o time tinha o ataque dos sonhos com Sávio, Romário e Edmundo, porém terminou o Brasileirão em 21º. Três anos depois, ele voltou para assumir o cargo de diretor de futebol.
Sendo assim, vale destacar que foi o locutor Celso Garcia, em alusão aos equipamentos usados pelos astronautas da missão à Lua Apollo 11, que deu o apelido Apolinho. O apelido, portanto, se tornou marca registrada do eterno radialista.
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