O acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, cumpriu o prazo do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para enviar as provas sobre as alegações de corrupção no futebol brasileiro. Nesta quarta-feira (15), ele entregou ao tribunal o áudio no qual um árbitro reclama de um não suposto pagamento de propina. A informação é do site “Uol”.
Textor chegou a receber multa de R$ 60 mil do STJD por “deixar de colaborar com a Justiça Desportiva” por entender que o tribunal não tinha competência para avaliar suas provas. Esta decisão, contudo, ainda será avaliada em segunda instância. O empresário norte-americano tenta a absolvição. A Procuradoria, por sua vez, quer ampliar a punição.
O áudio em questão é de Glauber do Amaral Cunha, ex-árbitro do Rio de Janeiro. Ele, aliás, foi à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado Federal, na última segunda-feira. Porém, permaneceu em silêncio. Assim, as autoridades podem pedir as quebras de sigilo bancário e telefônico, além de nova convocação para depor.
Glauber apitava jogos da Quarta e Quinta Divisões do Carioca e não atua há mais de dois anos.
Ainda no STJD
Ainda nesta quarta, o pleno do STJD retirou da pauta o processo no qual Textor não poderia mencionar o Palmeiras em suas intervenções.
O Palmeiras havia tentado uma liminar para proibi-lo de “fazer qualquer sugestão, menção ou referência” ao clube, sob pena de multa e suspensão. O procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, no entanto, lembrou que a demanda dos paulistas “fere o princípio constitucional da livre manifestação”.
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