Em treino realizado no CCT da Barra Funda, o volante Pablo Maia, do São Paulo, sofreu uma grave lesão na coxa esquerda e foi submetido a uma cirurgia na última quarta-feira (1).
Médica do esporte que trabalha com o futebol há mais de 20 anos, a Dra. Flávia Magalhães detalhou quais são as causas mais recorrentes da contusão e as consequências que ela pode trazer para o jogador.
“Os músculos posteriores da coxa são divididos em bíceps (póstero lateral da coxa), semitendíneo e semimembranoso (póstero mediais da coxa). Estes últimos são chamados de isquiotibiais. Tais músculos se originam na pelve e descem por trás da coxa, se conectando na perna dos indivíduos. A principal causa da lesão nesse músculo é a sobrecarga muscular. Quando os isquiotibiais não resistem à força realizada pelo quadríceps (músculo anterior da coxa), eles podem se romper, como no caso do Pablo Maia”, explicou antes de completar:
“Neste caso é necessária a cirurgia, seja para inserir o músculo e tendão, seja para unir partes do músculo, ou para inserir o tendão no osso”.
Recuperação de Pablo Maia
De acordo com a médica, inicialmente, o processo será para reduzir o edema pós-cirurgia. Apesar de receber todo apoio do clube, o jogador ainda não tem previsão para retornar aos trabalhos e precisa de muita paciência para voltar aos gramados.
“A primeira fase é o PRICE que, traduzido, significa repouso, gelo, compressão e elevação. Pode ser necessário uso de muletas, retirando apoio para um melhor conforto do atleta. A fase inicial visa reduzir o edema, ou hematoma, e promover a analgesia. Depois ele segue no tratamento fisioterápico para uma correta cicatrização. A fase seguinte conta com exercícios de flexibilidade e alongamento. Posteriormente ocorre o fortalecimento progressivo e o treinamento específico do atleta”, explica a doutora.
Estrutura
A fim de acelerar o retorno, o São Paulo espera que a sua estrutura ajude o volante e ficar disponível para Luis Zubeldía nos próximos meses.
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