Após o empate em 0 a 0 do Flamengo com o Palmeiras, neste domingo (21/4), no Allianz Parque, o técnico Tite recebeu uma saraivada de perguntas sobre a parte física do grupo. Então, ele reforçou que queria, mas não pôde escalar Pedro e De La Cruz desde o início do jogo, por causa do alto risco de lesão. Porém, o atacante brasileiro e o meia uruguaio entraram na segunda etapa, nos lugares de Carlinhos e Luiz Araújo.
“A vontade do técnico é competir com todos os atletas. Mas tem alguns com seis ou sete jogos seguidos. Aí o departamento médico diz: ‘A nossa posição é de cuidados’. Hoje tínhamos (que poupar) Pedro, Nico, Ayrton, Erick Pulgar e Luiz Araújo”, disse Tite.
O técnico destacou que o campo sintético exige mais das articulações e da musculatura dos jogadores. Assim, haveria um risco ainda maior de expor atletas que já estavam com “sinal amarelo ou vermelho” por parte da equipe médica.
“Você perde o jogador para seis ou sete jogos”, ponderou.
Luiz Araújo, inclusive, começou a partida contra o São Paulo no banco de reservas, na quarta-feira (17/4), justamente por causa da preocupação com uma eventual lesão. No entanto, quem acabou se contundindo foi Everton Cebolinha, aos 10 minutos daquele embate. Assim, Tite colocou o paulista no jogo.
Flamengo terá desfalques na altitude de Laz Paz
Tite terá uma série de desfalques para o jogo contra o Bolívar pela terceira rodada da Libertadores, na quarta-feira (24/4). Além de não contar com jogadores que precisam de descanso, Tite não terá Gabigol – suspenso por acusação de tentativa de fraude no exame antidoping – e Cebolinha, que está em tratamento após a lesão.
Para piorar, o jogo vai ser no Estádio Hernando Siles, em La Paz, na Bolívia. Assim, o time terá que enfrentar as limitações que sempre ocorrem durante atividades físicas em locais com elevada altitude. Afinal, La Paz fica mais de 3.600 metros acima do nível do mar.
Preparador físico destaca a intensidade do futebol atual
Além de Tite, o preparador físico do Flamengo, Fábio Mahseredjian, também falou sobre a situação dos jogadores.
“A gente precisa entender que o jogo está cada vez mais intenso, mais rápido e mais veloz. Você freia muito mais e muda a direção muito mais vezes”, lembrou.
O preparador passou dados sobre um levantamento feito na Premier League, da Inglaterra, sobre as temporadas de 2006/2007 a 2012/2013.
“Resultado final: a distância percorrida só alterou 2%. Mas os números de piques em velocidade, 85% a mais. Ações de alta intensidade, como freada, mudança de direção, aceleração e desaceleração: 55% a mais. Tudo isso com certeza aumenta – e muito – as demandas físicas dos atletas “, concluiu.
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