O que já era ruim, pode ficar ainda pior para Thiago Carpini, técnico do São Paulo. Afinal, sua equipe perdeu por 2 a 1 para o Flamengo nesta quarta-feira (17), no Maracanã. Extremamente pressionado no cargo, ele concedeu entrevista coletiva no Maracanã.
Com o resultado nesta segunda rodada, o Tricolor deu a largada para o Brasileirão com duas derrotas. Algo, aliás, que não acontecia desde 1990.
Diante das especulações nos bastidores sobre a busca do clube por um novo treinador, Carpini não quis polêmicas. Afirmou que manterá o foco para uma reação são-paulina enquanto permanecer no comando do time.
“Quem tem que responder essa pergunta (sobre continuidade como técnico do São Paulo) não sou eu. E me vejo trabalhando e fazendo meu melhor. Essa especulação de fica, não fica, sai, não sai, tem mais de 30 dias. Sigo trabalhando enquanto for o comandante dessa equipe”, iniciou ele.
O treinador destacou que não acredita que a diretoria esteja buscando uma mudança no comando técnico. Ao longo desta semana, passaram a surgir vários nomes como seus possíveis substitutos.
“Em relação ao noticiário, não me preocupo. Se a diretoria conversa ou não com outros nomes, prefiro acreditar que não, porque sempre tivemos uma relação de respeito. Vejo como especulação porque não teria problema algum a diretoria comunicar se isso estivesse ocorrendo, pôr um ponto final, se posicionar que sim ou não”, ressaltou.
Respaldo vem de si mesmo, diz Carpini
Ao ser perguntado se sente respaldo da diretoria tricolor do São Paulo, que novamente optou por não se manifestar após uma derrota, o técnico foi enfático:
“Enquanto não for comunicado de nada, me sinto respaldado. Porque tudo o que ouvimos é especulação. Insatisfação de parte da torcida é compreensível, até de parte da imprensa. Nunca mudei minha maneira de ser. O que preciso é sempre ter dignidade e fazer meu melhor, representando a instituição, a mim mesmo e fazendo o melhor para o São Paulo enquanto estiver à frente do projeto. O respaldo é dentro daquilo que imaginamos que pode ou não acontecer. Ninguém me dá… Meu respaldo eu que crio, é o respeito ao meu trabalho, meu princípio, autoestima. Por mais que as pessoas tendem a falar do ser humano, extrapolam. Me sinto seguro e sigo trabalhando com minhas convicções”.
Carpini disse, ainda, que até aquele momento, não havia conversado com a diretoria. A delegação tricolor, aliás, retorna na madrugada em voo fretado para a capital paulista.
“Foi um vestiário de chateação, de lamentação. Não conversei com o presidente, com o executivo, ninguém… Normal. Eles estiveram no vestiário me cumprimentando, todos os atletas, nenhuma conversa fora disso. Se algo acontecer, imagino que tenha essa conversa. O que posso falar é de chateação por mais uma derrota do São Paulo”, concluiu.
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