John Textor cumpriu a palavra e entregou à Polícia Civil, nesta sexta-feira (12), as provas sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro. O dono da SAF do Botafogo fundamentou a denúncia em relatórios com base em inteligência artificial. Na última semana, o executivo foi intimado a depor e dessa forma prometeu que entregaria os documentos para facilitar as investigações.
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O executivo prestou depoimento no último dia 3, na estreia do Botafogo na fase de grupos da Libertadores. Foram mais de três horas e, assim, ele perdeu o primeiro tempo da partida — o Alvinegro foi derrotado por 3 a 1. Textor citou nomes de árbitros e outros envolvidos nos relatórios, apontou os jogos manipulados e prometeu entregar o documento, que possui mais de 100 páginas.
O relatório foi produzido pela empresa “Good Game!”, especializada em checar e fazer análises de arbitragem com inteligência artificial. A empresa, inclusive, foi contratada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para analisar os jogos de todas as divisões do Carioca. A Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor (DECON), e o Ministério Público investigam o caso.
Entenda o caso
Tudo começou após a derrota do Botafogo diante do Palmeiras por 4 a 3, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado. Textor alegou que o Alvinegro foi prejudicado com a expulsão do zagueiro Adryelson e afirmou ter provas de manipulação de resultados. Assim, o executivo foi denunciado três vezes no artigo 243-F (ofensa à honra) e uma no 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem ou local da partida).
Em entrevista ao “Canal do Medeiros”, no último dia 1, o empresário afirmou que houve manipulação em jogos do Palmeiras contra o São Paulo e Fortaleza. Entretanto, Textor não apresentou provas. Assim, o clube paulista entrou com uma ação no STJD pedindo uma punição financeira e suspensão, além de cobrar a apresentação das provas. Assim, o executivo será julgado na próxima segunda-feira (15).
Textor prometeu que entregaria as provas somente para a Justiça. E assim fez. No último dia 3, prestou depoimento à Polícia Civil, e levou algumas provas, mas não todas, já que o relatório possui mais de 100 páginas. Entretanto, o vice-presidente do STJD, Felipe Bevilacqua, afirmou recentemente que somente os estudos de inteligência artificial não devem ser o suficiente para o tribunal.
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