O técnico Dorival Júnior está iniciando um enorme desafio no comando da Seleção Brasileira. A camisa mais pesada na história do futebol mundial precisa urgentemente recuperar o prestígio perdido ao longo das últimas duas décadas. Desde a conquista da Copa de 2002, a Amarelinha acumula fracassos e vexames, o maior deles a derrota de 7 a 1 para a Alemanha, em casa, sob o comando de Felipão, ironicamente o mesmo treinador a erguer a taça do penta.
Fora das quatro linhas, a situação parece ainda mais complicada. A CBF promoveu um desfile de presidentes que deixaram a entidade pela porta dos fundos, presos ou afastados por escândalos de corrupção e até mesmo de assédio sexual. Dois ex-ídolos da Seleção também ajudaram a jogar lama na camisa. Daniel Alves e Robinho foram condenados por estupro.
Maior nome da equipe canarinho nos anos 2000, Neymar foi vendo o seu enorme talento se esvair sem grandes conquistas, às voltas com lesões e polêmicas longe dos gramados. Hoje, o craque tem um contrato bilionário na Arábia Saudita, mas quase não jogou por lá. Não temos mais grandes protagonistas no futebol mundial, algo que sempre foi comum em nossa história.
Dorival, longo caminho
Dorival assume a Seleção num impensável sexto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2026, herdando um trabalho relâmpago, mas de péssimos resultados comandado por Fernando Diniz. Antes de buscar a classificação para o Mundial, o desafio será a Copa América, em junho. Poucas vezes, a equipe canarinho chegou tão desacreditada a uma competição.
O novo treinador terá uma tarefa árdua, dificílima. E, pela situação, não há margem para erro. Mesmo com pouco tempo para treinar e com opções limitadas para montar o time, será preciso buscar os resultados. Assim, nessa melancólica trajetória de decepções de 2002 para cá, só falta mesmo ficar fora de uma Copa. Enfim, que Dorival não manche o seu currículo!
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