Botafogo em queda técnica e acumulando derrotas dá a chance a cinco times (como o Palmeiras) que oscilam muito, chegar ao título deste Brasileiro
FOTO: Cesar Greco/Palmeiras
Botafogo em queda técnica e acumulando derrotas dá a chance a cinco times (como o Palmeiras) que oscilam muito, chegar ao título deste Brasileiro

Seis clubes, teoricamente, são candidatos ao título do Brasileirão. Cinco pontos separam o líder do sexto colocado. Ou o sexto colocado do líder. No balanço das horas tudo pode mudar.
O curioso é que nem sempre a soma obtida ao longo do campeonato corresponde à realidade. Só há explicação, na competição atual, ao desempenho do Botafogo. Excelente no primeiro turno e péssimo no segundo. Os demais ganharam ou perderam na mesma proporção. Muito em dados momentos. Poucos em outros. Jamais mostraram uma trajetória que justificasse um favoritismo lógico. Daí que é praticamente impossível apostar em um provável campeão.

Brasileirão da oscilação

Vejam, como exemplo, o Grêmio neste Brasileirão. Oscilou aqui e ali, e quando sinalizou que assumiria a ponta, perdeu em casa para um frágil Corinthians, com 11 contra 10 desde o começo do jogo. A propósito, o próprio Palmeiras, que alcançou a liderança após fracassos freqüentes do Botafogo, havia apresentado reação espetacular contra o Alvinegro, vencendo de virada por 4 a 3, mas realizou na sequência uma partida sem graça contra o Flamengo, apanhando de 3 a 0 sem esboçar reação alguma. E aí construiu placar semelhante, agora a seu favor, no compromisso seguinte, diante do Inter.

Já o Flamengo, que convenceu a todos ao derrotar o Palmeiras, surpreendeu três dias depois, tomando pressão do Fluminense, um time que vinha de muitas comemorações, e que praticamente abandonou o Brasileiro. O mais interessante que isso ocorreu no segundo tempo, quando os atletas tricolores, de ressaca, deveriam exibir, dadas as circunstâncias, tímido empenho.

E o Bragantino? Há um papo que joga sem a pressão comum aos gigantes, por ter poucos torcedores, e que isso poderia sem um dos motivos para colecionar vitórias. Mas eis que ao chegar o momento de confirmar o brilho, começou a desperdiçar pontos, sem maiores explicações.

Enfim, o Atlético Mineiro, que raras vezes foi apontado como candidato ao título, foi comendo pelas beiradas, mas conseguiu empatar com o lanterna e rebaixado América, e viver momentos delicados para vencer o Goiás, cuja situação não é muito distante da que experimenta o Coelho. Aliás, o próprio Botafogo, que voltou a trocar de técnico – pela quinta vez – poderia retomar o vigor que parece perdido, e realçar as razões pelas quais permaneceu tanto tempo na ponta.

Logo…

Não há como fazer uma análise que leve a uma afirmação definitiva. Afinal, o que se tem certeza é: haverá um campeão. E que comentaristas, até por obrigação, acabarão encontrando motivos para justificar o título. Esse, afinal de contas, é o maior segredo do futebol. A lógica eventualmente passa ao largo da matemática.

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