Após a eliminação na Copa Libertadores, o Palmeiras, ao menos fora de campo, passa a tentar resolver um imbróglio que vem preocupando a diretoria há vários meses. A novela é referente à relação entre o clube e a Real Arenas, braço da WTorre e que é responsável pelo Allianz Parque. O Verdão cobra, na Justiça, um valor milionário, mas a disputa judicial continua se arrastando.
Os problemas vieram a público em abril deste ano. O Palmeiras entrou com uma ação judicial contra a Real Arenas, alegando não ter recebido R$ 127,9 milhões. Este valor é referente a receitas de shows e outros eventos realizados na arena desde 2015. Mas o clube afirmou que a empresa gestora do estádio não repassou esta quantia ao clube conforme era previsto em contrato.
Embora o clube já cobre a empresa desde 2017, existem outras divergências entre a diretoria palmeirense e a Real Arenas. Um dos motivos foi a implementação de catracas de reconhecimento facial. A WTorre afirmou que precisava de mais tempo para instalar as novas tecnologias. Por outro lado, o Palmeiras alegou ter avisado com muita antecedência sobre a necessidade das melhorias.
Publicamente, a questão gerou farpas entre as duas partes. A presidente Leila Pereira chegou a afirmar que o contrato com a WTorre, válido até 2044, foi um péssimo negócio para o Palmeiras. Já a Real Arenas chegou a cogitar a possibilidade de descontinuar alguns projetos inicialmente previstos para o estádio, como o ‘Arena Viva’ e o ‘Show de Luzes’, mas isto não chegou acontecer.
Cobrança na Justiça segue emperrada
Seja como for, o Palmeiras permanece cobrando a Real Arenas que admite o débito mais contesta o valor. Em julho, a cobrança dos suspensa, mas a questão ganhou um novo capítulo no mês seguinte. A Justiça pediu garantias à WTorre de que várias de pagar a dívida, após a cobrança do valor milionário. O clube, por sua vez, atualizou o valor da cobrança para R$ 136 milhões, uma vez que não teria, de fato, recebido o pagamento.
Mesmo assim, pouco depois a própria Justiça suspendeu o pedido de garantia à empresa administradora da arena palmeirense. A diretoria não se manifestou, mas considerou que a manobra foi uma tentativa da WTorre de ganhar tempo, afim de não ser considerada inadimplente. Assim, a pendenga judicial permanece totalmente em aberto, embora em segredo de Justiça. O caso também está na esfera policial já que o Palmeiras pede que se apurem possíveis crimes como apropriação indébita e associação criminosa.
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