A dois dias do jogo contra o São Paulo, o Vasco vive a expectativa de resolver um problema fora de campo nesta quinta-feira. Afinal, a 777 Partners não fez o aporte de R$ 120 milhões na data prevista em contrato, em 5 de setembro, e tem apenas algumas horas para reparar o atraso dentro do período de carência. Do contrário, o clube pode retomar as ações e voltar a ser majoritário.
Na prática, o Vasco associativo passaria a ter 81% do futebol. Ou seja, seria novamente o responsável pelas decisões. A questão é que a empresa norte-americana, pode quitar a dívida, com juros e correção, a qualquer momento até 5 de novembro. Assim, reaveria sua participação. De acordo com o vínculo, é necessário concluir os pagamentos para que os 70% do Cruz-Maltino estejam de fato nas mãos da 777.
A expectativa é de que a situação seja resolvida até o fim de semana, até porque os investiram solicitaram este prazo há duas semanas. O departamento jurídico do clube avalia o cenário e não deseja ter que agir legalmente no caso. No momento, no entanto, o Vasco não pode inscrever reforços por dívidas de nove meses com clubes como Atlético Tucumán-ARG e Nacional-URU na compra de jogadores. Embora a situação não preocupe de imediato, afinal, a janela de transferências está fechada até o fim do ano, a imagem está arranhada.
Quanto a 777 Partners pagou ao Vasco?
No total, a operação de venda das ações do futebol foi de R$ 1,7 bilhões, de acordo com o presidente do Vasco, Jorge Salgado. Isso inclui os quatro aportes principais e mais o pagamento das dívidas cíveis e trabalhistas. Houve, primeiramente, o depósito de R$ 70 milhões de um empréstimo-ponte, antes da assinstura do contrato, além dos R$ 120 milhões do primeiro aporte. Isso equivale a 19% da aquisição das ações.
Caso quite o montante nesta quinta, a 777 Partners terá mais 12% do total. Vale lembrar, porém, que os empresários adiantaram um pouco menos de R$ 30 milhões à diretoria de futebol para contratações e luvas na janela de transferências do meio do ano.
O compromisso firmado entre as partes prevê que, “caso o investidor não pague no prazo e condições estabelecidas, o CRVG poderá exercer seu bônus de subscrição, diluindo a participação do investidor até o montante necessário para que este passe a ter participação proporcional aos valores integralizados”. Portanto, isso depende diretamente das parcelas dos aportes.