Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do clube, falou em 'golpe comn truculência' na saída da Gávea
Foto: Reprodução
Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do clube, falou em 'golpe comn truculência' na saída da Gávea

Em reunião na noite desta quinta-feira (14), na sede da Gávea, o Conselho Deliberativo do Flamengo decidiu por unanimidade pela não alteração do estatuto do clube quanto à ampliação para quatro anos do mandato presidencial.

Desse modo, está mantido o formato de três anos com direito à reeleição. Em caso de aprovação da emenda, presidentes futuros não teriam a possibilidade de pleitear um novo mandato em sequência.

Atual mandatário, Rodolfo Landim permanecerá à frente na cadeira até dezembro de 2024. A reunião desta quinta, aliás, contou com 386 presentes, incluindo Landim e os ex-presidentes Eduardo Bandeira de Mello, Hélio Ferraz e Kleber Leite.

Segundo informações do portal “ge”, por volta das 19h30, no começo da sessão, um carro de som pecorreu o entorno da sede rubro-negra e puderam ser ouvidos protestos contra a diretoria.

A proposta de emenda estatutária, com o objetivo de criar um Plano Estratégico para gestão a longo prazo, recebeu aprovação sem objeções.

Confusão marca sessão

Contudo, houve confusão no debate sobre a terceira proposta de mudança estatutária, que tratou sobre a apreciação da exclusão de candidatos com cargos políticos das eleições presidenciais do Rubro-Negro.

Assim, pessoas contrárias à emenda cravaram que o presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Alcides, comunicou o resultado da eleição com a maioria rejeitando a proposta. Por outro lado, os que estavam a favor garantiram que não ficou claro se ocorreu o fim da sessão.

Ao propor a recontagem de votos, Alcides pasou a ser ofendido pela oposição. Conselheiros ainda asseguraram que o formato de votação mudou por diversas vezes.

Eduardo Bandeira de Mello, um dos ex-presidentes presentes à reunião, conversou com a imprensa e mencionou um “golpe com truculência” na sessão.

“Anteriormente a essa sessão do Conselho, vocês perguntaram sobre minha opinião e achei que era um golpe. Mas que era só um golpe estatutário. Foi muito mais. A emenda foi lida, apreciada, votada, ganhamos de 80% a 20%. Todos viram. O presidente do Conselho declarou o resultado. E aí, ao ser pressionado com violência e ter o microfone retirado de sua mão, se viu obrigado a anular a sessão”, iniciou.

“Assim, o que era um golpe estatutário, virou um golpe com truculência. Sem tanque de guerra porque não dava para entrar, mas o que se viu aqui foi um ato de violência na tentativa de mudar uma decisão democrática. Se não houver fraude à decisão da ata da reunião, o presidente vai estar proclamando o resultado”, completou banderioa de Mello.

As duas pautas apreciadas, a de rejeição à extensão do mandato e manutenção do planejamento do triênio, não voltarão à mesa de votação. Por outro lado, a que acarretou em desavenças passará por votação em uma outra sessão com data ainda a ser definida.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!