O goleiro Lucas Perri, do Botafogo, enfim ganhou sua oportunidade na Seleção Brasileira. Convocado para o lugar de Bento, do Athletico-PR, lesionado, ele integra o grupo que enfrenta Bolívia e Peru, nos próximos dias, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Nesta terça-feira (5), em Belém, ele falou pela primeira vez vestindo o escudo da CBF, em entrevista coletiva, na qual se disse em festa pela oportunidade.
Perri lembrou que a Seleção, embora fosse um sonho, estava muito distante até um passado recente. Ele começou o ano de 2022 no Náutico, até destacar-se e contar com o olho clínico do Botafogo, que o contratou ainda no ano passado. A partir de então, vem brilhando pelo Alvinegro. Ele ainda encheu a bola de Alisson e Éderson, seus companheiros de posição, que considera os melhores do planeta.
“Seleção Brasileira é um sonho para todos. Se, há 18 meses, quando cheguei ao Náutico, imaginasse que poderia estar aqui, não acreditaria. Então, é uma felicidade muito grande. Receber a notícia foi um momento especial. Pude comemorar ao lado dos meus companheiros no Botafogo, com quem trabalho muito. Só tenho a agradecer a Deus por ter a oportunidade de estar aqui e aprender com os dois melhores goleiros do mundo”, disse, reafirmando que deve muito ao Botafogo por esta chance:
“Tudo que vem acontecendo com o Botafogo é muito gratificante, por tudo que a gente vem vivendo. E sabemos do tamanho dessa torcida. Embora a gente venha muito pouco ao Pará, é um clube de massa, que está se reerguendo. Então, estou orgulhoso por fazer parte desse momento e ser chamado à Seleção representando o Botafogo”.
Confira abaixo outros pontos da coletiva de Lucas Perri:
Integrar-se à ideia de jogo de Diniz
“Estou bastante acostumado com o trabalho do Diniz. Quando fui o goleiro reserva do São Paulo, ele era o treinador. Então, eu já conheço seu estilo, ele trabalha bastante e tem um propósito de jogo muito firme. Sabe como pedir aos jogadores para colocarem em prática aquilo que ele espera. Como eu e alguns outros jogadores já temos uma familiaridade com ele, isso ajuda no processo. Já conversamos com ele antes do treino, focando bastante nisso. Acredito que a ideia é relativamente rápida de assimilar e executar pois é sempre bom jogar com a bola e procurar dominar o adversário”.
Apoio da torcida brasileira
“Acho que é muito importante jogarmos aqui no Brasil, especialmente por se tratar de um jogo de Eliminatórias. O resultado é importante e a torcida nos apóia sempre. Acredito que ela irá nos ajudar muito a conseguirmos o resultado aqui”.
Importância de vencer na estreia
“Respeitamos muito a Bolívia e sabemos como funciona o futebol. Estamos nos preparando para focar em nossa performance, antes de mais nada. É fundamental olharmos para nós e ver o como iremos trabalhar, mas sempre buscaremos a vitória”.
Trabalhar com Alisson e Éderson
“Eu gosto muito de estudar sobre a minha posição, primeiramente. Realmente, amo ser goleiro. E poder ter essa experiência com eles nos treinos e jogos é muito engrandecedor. São goleiros modernos para caramba e poder treinar com eles, ter esse convívio, para a minha evolução, é fantástico”.
Corte de Antony
“Acredito que a situação do Antony não cabe muito a gente falar, é pessoal dele. A gente sabe que estão havendo investigações sobre isso, então é aguardar”.
Recuperar a essência do futebol brasileiro
“Não acho que falta alguma coisa, é mais questão de relembrar algumas coisas que a gente sempre fez. A Seleção sempre propôs o jogo, ter mais a bola e ser protagonista. Acredito que é isso que a gente vai sempre buscar, nos jogos”.
Mudança de patamar em pouco tempo
“O mais importante é buscar o equilíbrio. Antes desses 18 meses abençoados, eu passei por alguns anos de momentos muito difíceis. A ideia é sempre manter a tranquilidade, mesmo em situações ruins. E, por outro lado, quando tudo começa a acontecer, ter a perspectiva de trabalhar muito e ter muito foco. Enfim, estar equilibrado para tudo que possa acontecer. Vivo um momento muito especial”.
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