Jogadores do Fluminense celebram  a vitória sobre Olimpia  e a classificação à semifinal da Libertadores -
Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense  
Jogadores do Fluminense celebram  a vitória sobre Olimpia  e a classificação à semifinal da Libertadores -

Os críticos de Fernando Diniz tiveram de engolir seco a grande atuação do Fluminense na vitória por 3 a 1 sobre o Olímpia no Paraguai. Para machucar ainda mais o ego daqueles que ainda tentam diminuir o trabalho do treinador Tricolor, Diniz manteve o esquema com quatro atacantes do jogo de ida. E, com as mesmas peças em campo, transformou o time e conquistou a vaga para a semifinal com muita tranquilidade jogando no Paraguai.

Se no jogo de ida, Diniz colocou Keno e Arias abertos um em cada lado para espaçar a defesa do Olímpia e dar profundidade ao Fluminense, no jogo no Paraguai, ele deu total liberdade para os dois. Keno e Arias flutuavam no espaço deixado pelo meio-campo do Olímpia, nas costas dos volantes e à frente dos zagueiros.

E foi em uma dessas aparições de Keno pelo meio que o Fluminense abriu o placar em uma jogada de manual de futebol. Uma jogada que trouxe de volta o Fluminense encantador dos meses de abril e maio desse ano, com toques envolventes, movimentação e uma finalização de muita categoria de John Kennedy. O camisa 9, aliás, foi um dos grandes nomes da partida com mais uma atuação segura. A cada jogo, JK fica mais confortável e mostra que pode funcionar muito bem ao lado de Cano – que voltou a sua fase artilheira com 5 gols nos últimos 4 jogos.

A estratégia de Diniz

Mas Diniz não foi assertivo somente no ataque. Samuel Xavier e Diogo Barbosa tiveram uma função defensiva muito mais presente. Os dois laterais que frequentemente são vistos no ataque, subiram com moderação. No miolo de zaga, Felipe Melo teve atuação espetacular, enquanto esteve em campo, ganhando todas as disputas aéreas. Nino e Fábio dispensam comentários. Posso afirmar sem medo, que desde 1981, quando nasci, Fábio é sem sombra de dúvidas o melhor goleiro que vestiu a camisa do Fluminense.

Mas, voltando ao jogo, na minha humilde opinião, o grande mérito de Diniz é a transformação que ele faz com Ganso. O camisa 10 já foi segundo atacante, falso 9, meia avançado e hoje joga como segundo volante. Um recuo similar ao que Zidane e Modric tiveram na carreira. Se o físico é um fator que pesa, a inteligência e a técnica de Ganso o transformam em um jogador letal quando está com a bola dominada e a visão de frente do campo. Ele acha espaço onde poucos jogadores conseguem enxergar. Além disso, Ganso ainda dita o ritmo do time como um verdadeiro maestro: segura quando precisa, acelera quando o time pede. E com precisão de passes inacreditável.

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