Capitão do Vasco lamenta proibição de jogos com torcida em São Januário
Redação Jogada10
Capitão do Vasco lamenta proibição de jogos com torcida em São Januário

Em meio à luta do Vasco para extinguir a decisão da justiça e voltar a ter seu torcedor em São Januário, o zagueiro Léo comentou sobre a situação. De acordo com o capitão da equipe, todo clube tem o direito de atuar em seu estádio e de ter a presença de sua torcida para apoiar os atletas nas arquibancadas. Para o defensor, a decisão é equivocada, visto que os moradores do entorno da Colina Histórica têm identificação com o clube da zona norte do Rio de Janeiro.

“Nos últimos dias tem sido comentado sobre a torcida não poder frequentar o estádio e não ter jogos em São Januário. São quase 100 anos de história. A barreira tem uma ligação muito forte com o Vasco. Diversas pessoas que moram no local trabalham no clube. Então, não vejo motivo para não ter jogo lá. Essa torcida que ano passado bateu recorde de público e esse ano vem nos apoiando, não pode estar em seu estádio, vendo seus jogadores. As pessoas que pertencem e têm história nesse clube não podem utilizá-lo.”, disse Léo, antes de completar:

Léo fala sobre sua identificação com o Vasco e projeta duelo contra o Bahia no domingo – Foto: Leandro Amorim/Vasco.

“Agora depois de quase 100 anos não poderá utilizar o estádio que foi construído por seus torcedores, que tem essa importância na América Latina Até uns anos atrás era o maior estádio da América Latina. Todo mundo pode jogar em seu estádio, só o Vasco não pode. Acho que é uma decisão equivocada. Todo clube tem direito de usar o seu estádio. Portanto, a torcida tem direito de estar no seu estádio. A barreira tem identificação forte com o Vasco. Espero que nos próximos dias isso possa mudar”, acrescentou

IDENTIFICAÇÃO COM O CRUZ-MALTINO

Desde que chegou ao Cruz-Maltino, o zagueiro criou uma identificação com os torcedores e tem se destacado em campo com muita vontade e dedicação. Nascido em São João de Meriti, Léo enfrentou muitas dificuldades no início da carreira e estabeleceu essa relação com o clube da Colina, que tem todo histórico de lutas contra o racismo e causas sociais, pela forma como foi recebido.

“Eu falo sempre da barreira, eu vim de comunidade. Eu falo muito sobre a minha identificação com o Vasco. É pela história desse clube, é como me abraçaram e me receberam aqui dentro. Sempre digo que o pouco tempo que tenho parece que estou há muitos anos aqui dentro. Estou muito feliz aqui e sempre arrisco dizer que é o clube que mais me identifiquei na carreira. Quero agradecer ao torcedor e ao Vasco por ter aberto as portas para mim e minha família”, ressaltou.

ATUAR NA FONTE NOVA

No próximo domingo (3), o Vasco volta a campo para medir forças com o Bahia, às 18h30 (de Brasília), na Arena Fonte Nova, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 16 pontos, a equipe comandada por Ramón Díaz precisa voltar a triunfar no campeonato e não deixar a chance de sair do Z4 sumir no horizonte. Dessa forma, Léo volta a ser titular após cumprir suspensão no revés para o Palmeiras, no Allianz Parque.

“Jogar na Arena Fonte Nova é difícil como atuar em qualquer outro jogo no Brasileiro. Eu me importo mais com o nosso trabalho do que com o adversário. Como estamos preparados para enfrentar um grande resultado. Às vezes nos preocupamos com o adversário e acabamos esquecendo o trabalho que tem sido feito aqui. Temos que fazer o melhor dentro de campo para depois pensar no adversário, porque o Brasileiro cada jogo é difícil, Temos que estar preparados para encarar qualquer adversário”, concluiu

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