Título da Libertadores do Vasco faz 25 anos! Relembre a campanha
Redação Jogada10
Título da Libertadores do Vasco faz 25 anos! Relembre a campanha

Há 25 anos, o dia 26 de agosto é sinônimo de festa e nostalgia para o Vasco. Afinal, foi nesta data, em 1998, que o time conquistou o seu maior título – a Taça Libertadores da América. E foi logo no mês de centenário do clube, o que tornou o feito ainda mais especial. O Jogada10 relembra, neste texto, as dificuldades da campanha e algumas curiosidades no caminho da glória do Cruz-Maltino.

Sob o comando de Antonio Lopes, a equipe sofreu no início da fase de grupos. Foram duas derrotas consecutivas, fora de casa, para Grêmio e Chivas Guadalajara. A partir daí, o Vasco não bobeou mais e venceu dois dos três jogos seguintes. Luizão foi o grande destaque, com quatro gols. Ele, aliás, ainda se adaptava à dupla com Donizete, já que o único setor reformulado desde a conquista do Brasileirão de 1997 foi o ataque.

Luizão disputa bola com goleiro do América, no México, na primeira fase – Foto: AllsportUK / Allsport

“Pouca gente se lembra, mas começamos mal na competição. Donizete e o Luizão estavam se adaptando ao estilo do Lopes, que pedia para eles voltarem e marcar. Eles estavam mais agitados, não tinham marcado nos primeiros jogos (do ano). O Donizete demorou mais a aceitar, mas quando embalamos duas vitórias e garantimos a classificação, eles passaram a entender que aquilo que o Lopes pedia era importante”, disse o capitão Mauro Galvão, ao site oficial do Vasco.

Campanha do Vasco na fase de grupos

Grêmio 1 x 0 –
Chivas-MEX 1 x 0
América-MEX 1 x 1 – Gol: Ramon
3 x 0 Grêmio – Gols: Luizão (2x) e Donizete
2 x 0 Chivas – Gols: Luizão (2x)
1 x 1 América – Gol: Richardson

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O elenco tinha qualidade e entrosamento no campo, mas também gostava de esticar as noites nas baladas cariocas. Foi necessário pulso de Lopes e do supervisor Isaías Tinoco, na época, para controlar o comportamento de alguns jogadores. A mescla entre juventude e experiência, por sinal, foi essencial para os bons resultados. Afinal, o sistema defensivo tinha peças como Carlos Germano, Mauro Galvão e Luisinho.

Nas oitavas, o Vasco superou o Cruzeiro, então atual campeão. Com o destaque maior na mídia e a empolgação da torcida, o time começou a perceber a enorme importância da Libertadores e priorizou a trajetória no torneio internacional.

“Para a gente, antes, a Libertadores não tinha tanta importância assim no cenário nacional. Para o Vasco, não tinha tanta pressão, peso. Quando passamos a ter os resultados em São Januário, é que se começa a criar uma atmosfera”, relembra o ex-meia Pedrinho, ao ‘SporTV’.

Impecável nas fases finais

A característica “copeira” tomou conta da equipe, e o Vasco encontrou a receita para avançar até a final, mesmo contra adversários muito duros como Grêmio e River Plate. Pedrinho foi decisivo nas quartas de final, balançando as redes nos jogos de ida e volta diante do Tricolor.

Nas semis, após o gol de Luizão, em São Januário, Carlos Germano garantiu a vitória contra os argentinos com espetacular defesa em cobrança de falta de Gallardo. Assim, bastou o empate no Monumental de Nuñez, que saiu pelos pés de Juninho, também cobrando falta, que virou música nas arquibancadas e referência histórica do título de 1998.

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Mauro Galvão ergue a taça de campeão da Libertadores de 1998 – Foto: EDISON RIOFRIO / AFP

Na dccisão, o azarão Barcelona de Guayaquil. Em casa, o primeiro tempo foi suficiente para 2 a 0 de vantagem, com um gol de cada um dos atacantes, a exemplo da partida de volta. Luizão, aliás, foi o artilheiro da Libertadores, com sete gols. Só que, para confirmar o título, o Vasco sofreu com o excesso de pressão e falta de cortesia dos equatorianos. Desde o aeroporto até o vestiário, a delegação foi hostilizada.

No campo, a torcida atirou objetos o tempo todo e a polícia teve muito trabalho para evitar que os jogadores cruz-maltinos fossem alvejados. Nada que, no fim das contas, fizesse qualquer diferença na superioridade do Gigante da Colina, que festejou, com méritos, sua segunda grande conquista sul-americana (já havia ganhado o Sul-Americano de 1948 e, posteriormente, foi campeão da Mercosul, em 2000).

Campanha do Vasco a partir das oitavas

Oitavas de final
Vasco 2 x 1 Cruzeiro – Gols: Luizão e Donizete
Cruzeiro 0 x 0 Vasco
Quartas de final
Grêmio 1 x 1 Vasco – Gol: Pedrinho
Vasco 1 x 0 Grêmio – Gol: Pedrinho
Semifinal
Vasco 1 x 0 River Plate – Gol: Luizão
River Plate 1 x 1 Vasco – Gol: Juninho
Final
Vasco 2 x 0 Barcelona-EQU – Gols: Donizete e Luizão
Barcelona-EQU 1 x 2 Vasco – Gols: Luizão e Donizete

Vasco produz especial da Libertadores

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Os 25 anos da conquista não passaram em branco nos canais oficiais do Vasco. O site publicou três matérias especiais, destacando o zagueiro e capitão Mauro Galvão, a dupla de ataque Luizão e Donizete e o técnico e “delegado” Antonio Lopes.

No perfil do Instagram, também há posts com a campanha e interação dos torcedores, que enviaram comentários e memórias durante a semana. Vale lembrar que o aniversário do próprio clube, que completou 125 anos de fundação, foi na última segunda-feira.

A entrada da SAF, com altos investimentos, tornou osonho de voltar a uma Libertadores mais viável. Afinal, o Vasco está ausente do torneio continental há cinco anos. Entretanto, a campanha no Brasileirão atual é decepcionante. A luta, no momento, é contra o rebaixamento. Por outro lado, a chegada de alguns reforços, como o craque francês Payet, virou esperança para as próximas temporadas.

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