O Botafogo anunciou que, com quatro dias de antecedência, os ingressos para o jogo contra o Bahia, neste domingo, no Nilton Santos, já estão esgotados. Ou seja, pela quinta vez seguida no Brasileirão, mais de 35 mil pessoas vão apoiar o time no estádio. O mesmo não acontece, porém, com a Copa Sul-Americana. Aliás, a própria comissão técnica também deixou bastante claro que competição é prioridade.
Afinal, mesmo nas quartas de final e contra uma equipe argentina de qualidade, Bruno Lage optou por preservar, mais uma vez, cinco titulares no torneio internacional. Isso sem contar os que estão lesionados, como Marçal e Tiquinho, que provavelmente ficariam fora. Com o apito final, ouviu vaias de parte dos torcedores, muito por conta do desempenho ruim e do empate sofrido no fim que reduz a chance de ir às semifinais.
“Sabemos que temos tido atuações melhores em casa no Campeonato Brasileiro. Temos jogadores experientes que não deixam isso interferir, mas é pensar jogo após jogo. Não tivemos atuações tão dignas (na Sul-Americana) quanto no Brasileiro, mas hoje tivemos muitas chances de gol. Sabemos que temos total qualidade para chegar lá (na Argentina) e conseguir a classificação”, aposta o atacante Victor Sá.
Torcida também prioriza Brasileirão
Nas arquibancadas do Niltão, em três fases de mata-mata, os botafoguenses nunca passaram de 25 mil. Ou seja, embora o fator dia útil seja relevante, nas redes sociais muitos apoiam a decisão de evitar o desgaste em excesso dos principais jogadores, de olho no título nacional. Por sua vez, também economizam para correr atrás de ingressos somente no Brasileirão.
Nas próximas duas rodadas, o Glorioso joga no Nilton Santos, contra Bahia e Flamengo, e pode se aproximar ainda mais da taça com duas vitórias e tropeços dos rivais, abrindo até 17 pontos. Depois, há uma parada para a Data-Fifa que será essencial para recuperar o elenco.
O técnico Bruno Lage se defende ao garantir que não vê a diferença de qualidade entre os titulares frequentes e os ditos reservas. Até porque, dentro da gestão dos jogadores em seu primeiro mês, já teve vários desfalques por lesão ou suspensão.
“Não gosto de definir um 11 titular, até porque desde que cheguei eu não tive a oportunidade de repetir o time. No primeiro jogo o Cuesta não pode, depois o Adryelson, depois o Marçal, perdemos o Tiquinho. A equipe tem tido a capacidade de dar a resposta. Esse foi o meu oitavo jogo e, daquele equipe que jogou mais tempo, eu não tive todas disponível”.
Não dá para esconder, entretanto, que o rendimento é bem inferior na Sul-Americana. Afinal, nem mesmo em seus domínios o Botafogo tem números empolgantes. Foram, no total, duas vitórias em seis partidas pela competição. Enquanto no Brasileirão o aproveitamento é de 100%.
A tendência é que no jogo de volta contra o Defensa y Justicia, na próxima quarta-feira, em Banfield, alguns titulares joguem, como os laterais Di Placido e Marçal (se estiver recuperado), o volante Marlon Freitas e o atacante Luís Henrique.