Bruno Fernandes, do United, avalia trabalhos de técnicos portugueses no Brasil
Redação Jogada10
Bruno Fernandes, do United, avalia trabalhos de técnicos portugueses no Brasil

Bruno Fernandes é um apaixonado pelo futebol brasileiro e, sempre que pode, assiste aos jogos. Entretanto, há um motivo que aproxima o capitão do Manchester United do esporte praticado no país: os técnicos portugueses.

Dos 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, sete contam com treinadores compatriotas de Bruno Fernandes: América-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá, Palmeiras e Red Bull Bragantino.

A onda lusitana tem explicação no sucesso de Jorge Jesus, que obteve cinco títulos pelo Flamengo em 2019 e 2020. Assim, o jogador analisou o trabalho destes profissionais, enfatizando o Mister, que foi seu treinador no Sporting. E passou pelas conquistas de Abel Ferreira no Palmeiras até chegar a Bruno Lage, líder do Brasileiro com o Botafogo.

Bruno Fernandes durante entrevista à ESPN – Foto: Reprodução / ESPN

‘Abel tem o respeito até dos adversários do Palmeiras’

Bruno Fernandes recordou os feitos de Abel, o mais bem-sucedido de todos no Brasil, e pediu paciência para que os técnicos consigam apresentar tudo que sabem em um futebol tão diferente quanto o brasileiro.

“O Abel é alguém que tem muito sucesso aí até agora. E é normal quando um treinador tem muito sucesso depois pode haver um momento que as coisas quebrem um pouquinho. Mas depois voltam à normalidade, porque o que ele tem feito o tornou respeitado até pelos adversários do Palmeiras. Então foi por isso que funcionou muito o que ele fez até agora”, disse, em entrevista à ESPN.

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Meio-campista português em ação pelo Manchester United – Foto: Matt McNulty/Getty Images

Características dos times de Lage

Ao ser perguntado sobre Bruno Lage, atual técnico do Botafogo, o camisa 8 dos Red Devils apontou algumas características dos times dirigidos por Lage. Ele, aliás, pediu paciência para que os treinadores possam apresentar por completo suas virtudes no futebol brasileiro, que se assemelha pouco com o jogado na Europa.

“Nunca trabalhei com ele (Bruno Lage), mas já joguei contra equipes dele. E elas sempre têm dinâmicas ofensivas muito boas. Acho que, se for dado o tempo, pode demonstrar o que o Luís Castro demonstrou. São treinadores que vieram de equipes bases de clubes grandes, como o Porto e o Benfica”, respondeu o jogador.

“O Bruno chegou para o lugar de um treinador que estava muito bem, e isso acaba sendo difícil. Se as coisas acabarem indo mal, pode parecer que é um treinador, mas também pode não ser. Obviamente é um treinador que tem bastante coisa positiva e pode ajudar o Botafogo a conseguir os objetivos que tem”, acrescentou.

Comparações entre JJ e o atual treinador

Entre os técnicos com os quais trabalhou, Bruno Fernandes tem ótimas lembranças de Jorge Jesus. Na temporada 2017/18, o meio-campista disputou 56 partidas e se destacou com 16 gols e 17 assistências na equipe que faturou a Taça da Liga, foi terceira colocada no Campeonato Português e alcançou as quartas de final da Liga Europa.

Bruno Fernandes ainda estabeleceu uma comparação entre Jesus e Erik ten Hag, seu atual treinador na Inglaterra, citando a importância de ambos em sua carreira.

“O que ambos têm muito em comum é que são muito competitivos. Querem ganhar sempre, são ambiciosos, taticamente muito fortes, cuidam dos pormenores. Tem ideias e maneiras de jogar diferentes, ambas são boas, precisam de adaptação aos jogadores, porque muitas vezes quem faz o treinador ser bom ou não são os jogadores. Técnico pode passar uma mensagem muito boa, mas que, se não for transmitida em campo, não funcionará”, analisou.

“Com o Jesus tive um período de transição, de antes estar em clubes que não tinham objetivo de ser campeões, e ir para o Sporting e passar, portanto, a disputar títulos, ganhar taças e estar na Liga dos Campeões. E agora estar em um clube que tem uma dimensão muito maior, uma responsabilidade maior, com um treinador (Ten Hag) que é muito exigente e tem capacidade de fazer com que esse clube volte a ganhar títulos, como no ano passado. Ambos,m portanto, foram importantes em diferentes fases da minha carreira”, concluiu o meia.

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