O Flamengo, sobretudo confuso, por quase todo o tempo, conseguiu evitar a reação do Grêmio no resultado agregado – venceu por 2 a 0 no Sul e 1 a 0, nesta quarta-feria, no Rio – e garantiu a vaga na decisão da Copa do Brasil. Foi finalista do torneio em oito ocasiões – 1990, 1997, 2003, 2004, 2006, 2013, 2017 e 2022 e campeão em quatro – 1990, 2006, 2013 e no ano passado. O Rubro-Negro não encaixou praticamente nenhum estilo em momento algum. Só teve um mínimo de alívio quando a equipe tricolor, desesperada pelo resultado, após mais de uma hora de ação, começou a perder o rumo. Na realidade, o Grêmio foi ainda mais incompetente, pois não conseguiu converter nenhuma chance em gol.
A propósito, o Flamengo vez por outra perde títulos por proteger ambiente e indivíduos aqui e ali, como ocorreu nesta quarta, quando os atletas envolveram a ridícula figura de Jorge Sampaoli, para evitar maiores comentários no cotidiano. O treinador é um Vitor Pereira argentino. Desta vez deixou os dois artilheiros dos últimos cinco anos, em dada ocasião da partida, no banco. O Flamengo jogou no lixo sete das oito competições que disputou em 2023.
Flamengo com altos e baixos
Como previsto, o Grêmio não poderia apresentar o futebol ruim da partida de ida, em Porto Alegre, e não só impediu o Flamengo de dar sequência às jogadas, como trocava passes com rapidez, chegando próximo à área rubro-negra, ameaçando eventualmente a meta adversária. A primeira e rara oportunidade pertenceu a Bruno Henrique, no comecinho, para defesa espetacular de Gabriel Grando.
Mas Pulgar tomou amarelo aos 10 minutos, o próprio Bruno Henrique estava inexplicavelmente fora do setor esquerdo – João Pedro foi advertido com cartão aos 21 e seria expulso no primeiro drible do atacante – e Varela saiu machucado aos 35, o que colaborou para atrasar o time. Um arremesso longo de Arrascaeta, aos 42, para outra intervenção do goleiro, foi muito pouco para um time milionário, diante de um Maracanã superlotado.
Pênalti decide o jogo
O segundo tempo recomeçou sem substituições e efetivamente indefinido. Um gol de qualquer lado mudaria o jogo. O Flamengo tentava, sem sucesso, ligar defesa, meio e ataque, e ainda permitia ao Grêmio concluir, tanto que Ferreira, aos 13, acertou a trave esquerda. Os treinadores fizeram um punhado de mudanças.
E com mais de uma hora de bola rolando era impossível cravar o adversário do São Paulo na decisão, pois se o jogo da equipe carioca era bate e volta, o gaúcho, necessitado do resultado, passou a deixar espaços para o Rubro-Negro, que se fez mais presente na frente, e obteve um pênalti – cabeçada de Léo Pereira e mão de Rodrigo Ely – aos 26, assinalado pelo VAR. Arrascaeta cobrou e abriu o placar: 1 a 0. Dali em diante, não havia mais, na prática, tempo hábil para a reação do Grêmio. E o 1 a 0 prevaleceu. O Flamengo não vencerá o São Paulo com esse joguinho.
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