As nove contratações do Vasco no meio da temporada ainda não são suficientes na avaliação de Ramón Díaz. A 13 dias do fim das inscrições para o Campeonato Brasileiro, a SAF segue atrás de três nomes para fechar o elenco: um zagueiro pela direita, um volante e um meia de criação. Para ter sucesso, o diretor esportivo Paulo Bracks conta com o apoio do próprio técnico argentino, que fez questão de se envolver e vem contactando os jogadores pessoalmente. Principalmente os que falam seu idioma.
É do perfil de Ramón ser uma espécie de “manager”, ainda mais na situação emergencial do time. Na zona de rebaixamento, faltando metade do Brasileirão, a comissão técnica não apenas indica e aprova os reforços, mas divide as funções e só não discute valores. Por sinal, o comandante foi decisivo para o ok do paraguaio Sebastian Ferreira, com quem trabalhou no Libertad, em 2020, e também de Praxedes. Afinal, ambos se encontrram no Rio, quando o RB Bragantino enfrentou o Botafogo, e o meia já admitiu que o convite foi fundamental.
O fracasso recente nas negociações para ter Robert Rojas, do River Plate, também tinha o dedo de Ramón Díaz, que conhece bem o paraguaio. Para o setor de meio de campo, Medel passou a jogar como zagueiro e deve permanecer assim. Dessa forma, fica faltando um volante, afinal Zé Gabriel não é considerado a melhor opção. Tanto que Jair pode voltar à equipe mais recuado.
Proposta por meia norte-americano
Um dos alvos atuais do Vasco, após tantas negativas, é Alan Soñora. O meia é norte-americano, mas nasceu na Argentina e foi formado no Independiente. Há pouco tempo, deixou o Juárez, do México, possibilitando o acerto por estar livre no mercado. Bracks e o próprio técnico cruz-maltino sondaram a situação de Roberto Pereyra, ex-Udinese. Mas trata-se de um jogador caro e muito cobiçado.
Função de Abel Braga fica de lado
Cada vez menos, o nome de Abel Braga é mencionado no clube. Se antes era uma figura relevante no dia a dia e até mesmo no mercado, o coordenador de futebol perdeu força com os resultados e com a saída de Maurício Barbieri, de quem era um entusiasta. No entanto, para evitar uma crise, o Vasco decidiu conter as mudanças até que a situação tenha um alívio.