São Januário e o Vasco sempre tiveram associação íntima com a fé. Tanto que, por estatuto, a capela deve estar virada para o campo de jogo. E personagens, como o massagistas Pai Santana, foram símbolos do clube por décadas. Porém, aos poucos, a religiosidade e o misticismo se afastaram do dia a dia cruz-maltino. Acaso ou não, a última década teve péssimos resultados e o time atual, por sinal, corre sério risco de rebaixamento, mais uma vez.
Na semana passada, uma onda de menções ao tema culminou com uma vigília com mais de 100 pessoas do lado de fora do estádio, liderada pelo ex-deputado federal Cabo Daciolo. Além de torcedor do Vasco, ele é, aliás, um cristão fervoroso. Imediatamente, a bola voltou a entrar e a vitória sobre o Grêmio, no domingo, marcou o fim de um jejum recorde de cinco partidas sem marcar um gol sequer na Colina. É claro que as redes sociais se agitaram. Mas será que há relação?
Cartomante crava que Vasco não cai
O Jogada10 ouviu o cartomante Toni Santos para entender como isso pode afetar o desempenho e quais são os rumos do clube no Brasileirão. Ela, assim como outros especialistas na área, crê na força da energia.
“A energia tem muito poder. E São Januário é um lugar místico, tem muita história. Não dá para ignorar isso. Parece que o clima sem torcida, que ficou pesado, influencia bastante. Mais cedo ou mais tarde, o Vasco voltaria a ganhar. Mas tem relação, sim”, afirmou.
Toni não checou, por normalmente não se envolver com esportes, mas o cartomante Vitor Pinheiro, por sinal, aposta que o Vasco não vai cair, através do Oráculo. Além disso, garante que Corinthians e Salvos, outros ameaçados, também se salvam.
“Com os reeforços e esse time técnico atual, o Vasco tem um novo destino nesse campeonato”, disse Pinheiro, no quadro ‘Bola Astral’.
Morte de Pai Santana
Pai Santana, referência mística do clube, faleceu em novembro de 2011. Curiosamente, logo após o último grande título cruz-maltino – a Copa do Brasil de 2011. De lá para cá, houve um triênio de gestão também falecido Eurico Miranda, que fazia questão de manter as tradições no estádio.
Hoje, além de o comando estar com uma empresa estrangeira, a 777 Partners, há um projeto para fechar o anel da arquibancada e talvez até demolir a capela depende somente do aval da legislação solicitada pela Prefeitura.