O atacante Alef Manga confessou, nesta quarta-feira, ter participado do esquema de manipulação de jogos em 2022, O jogador disse estar arrependido e se colocou à disposição para devolver R$ 45 mil, valor recebido de apostadores.
Ex-Coritiba, Alef Manga deu seu depoimento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por meio de uma viodechamada. O jogador está no Chipre, onde defende o Pafos por empréstimo.
“Porfírio (ex-companheiro de equipe) veio até mim no quarto, me chamou para conversar no corredor sobre voltar atrás para eu tomar o cartão amarelo. Veio conversar, eu falei que não queria fazer, não queria, não queria, mas depois acabei aceitando. Falou para mim que o rapaz ia depositar o dinheiro depois do jogo. Fomos para o jogo, aconteceu que eu tomei o cartão amarelo. Depois da partida, ele me comunicou que tinha falado com o pessoal para que pudessem depositar o dinheiro. Ao longo da semana, não depositaram o dinheiro na minha conta. Falei com o Porfírio que eu queria o contato do rapaz para saber o motivo de não terem depositado”, declarou Alef Manga, que completou.
“Eles começaram a insistir, depois no CT e no telefone, para que eu tomasse o amarelo contra o Corinthians, que o valor ia ser dobrado. Nesse caso eu falei que não queria fazer mais, estava muito arrependido pelo que fiz. Depois ele falou que, quanto mais ele juntasse jogadores para tomar cartão, ele ganhava mais dinheiro de comissão. Não sei o valor, eu não falei com os apostadores, não tive contato com ninguém. Foi de fato o que aconteceu”.
O caso de Alef Manga na máfia das apostas
O atacante é réu no processo que investiga a manipulação no futebol brasileiro. Alef Manga foi acusado de ter recebido um cartão amarelo em troca de R$ 45 mil dos apostadores. O jogo que ocorreu a infração seria Coritiba x América-MG, válido pela 25ª rodada do Brasileiro.
Alef Manga chegou a ser afastado do Coritiba após o caso da manipulação no futebol vir à tona.
“Acho que foi muito importante o Alef entender que ele deveria confessar o próprio ato e esclarecer para o tribunal, para a sociedade e para a imprensa o que de fato ocorreu. Ele deixou claro ali quem foi que intermediou, quanto recebeu. Agora é aguardar o final dos depoimentos sigilosos e defender a posição de que o cartão amarelo, ainda que grave, não justifica uma reprimenda superior prevista no código. Assim que a defesa vai se posicionar”, declarou o advogado do jogador, Levir Leonardo, ao ge.
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