Foram necessários apenas 30 minutos para Pablo Vegetti mostrar suas credenciais e entregar o que Vasco precisava: gol. Melhor ainda, o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, no domingo, em São Januário. O atacante entrou no segundo tempo e acabou com um incômodo jejum que insistia em se manter. Afinal, o time não balançava as redes em sua casa há incríveis seis jogos (sete, se considerarmos um amistoso).
Dessa forma, o camisa 99, muito badalado, era só sorrisos na saída de campo e na zona mista, onde concedeu entrevista. Ele mencionou os dias difíceis e de incerteza sobre a definição da negociação, por conta do fechamento da janela de transferências.
“Muito feliz, cheguei há dois dias, foi muito estressante toda a situação. Deu certo, estou em um grande clube, em uma grande cidade. Vou tentar desfrutar das coisas, desfrutar da família, da minha profissão e ajudar a equipe. Fizemos um grande jogo, um grande primeiro tempo. Consegui ajudar com um gol, mas todos fizeram uma boa partida. Esse é o segredo para tirar o Vasco”, declarou o argentino.
Cinco dias ‘estressantes’ de Vegetti
Vegetti, de 34 anos, era o atual artilheiro do Camponato Argentino, com 13 gols, pelo Belgrano. Foi uma das últimas opções na lista da SAF, porém, a investida, enfim, ocorreu no início da semana passada. Da formalização da proposta à assinatura de contrato passaram apenas 48 horas. Isso porque, a Fifa e a CBF precisavam da documentação com urgência para confirmar sua inscrição.
Inclusive, a falta de tempo fez com que o formato do negócio mudasse no último dia. A princípio, o Vasco compraria o centroavante, em definitivo, por 1.1 milhões de dólares (cerca de R$ 5 milhões). Mas, para agilizar a burocracia, os argentinos toparam emprestá-lo por um ano com a obrigação de compra em caso de meta pequena de participação em jogos.
Assim, na base da correria, tudo acabou dando certo, e Vegetti desembarcou na sexta-feira, último dia útil antes do jogo contra o Grêmio. Com ajuda da força-tarefa criada pelos departamentos do clube, foi o suficiente para realizar os trâmites e tirar o visto para trabalhar no Brasil. Assim, já pôde ser relacionado e iniciou no banco. Com a atuação apagada de Ferreira, entrou e foi oportunista na segunda chance que teve.
“Como eu disse, desde que me chegou o chamado do Vasco eu não duvidei, sabia que viria a um grande clube como o Belgrano. Estou grato, era uma oportunidade que podia aproveitar. Sabia o momento que estava passando o clube, gosto de desafios e aceitei com muita responsabilidade”, disse o camisa 99, que citou o apoio do técnico Ramón Díaz e o carinho de torcida e elenco para que se sentisse em casa.
Agora, o Vasco tem mais confiança para se preparar para o duelo com o RB Bragantino, domingo, que encerra o primeiro turno. Caso vença, aliás, pode subir mais uma posição, ultrapassando o Coritiba e chegar ao 18o lugar. Pouco para a expectativa sobre o clube após virar SAF e fazer altos investimentos, mas relevante para os preocupantes números até as rodadas anteriores.