A rodada do fim de semana do Brasileiro contou com mais um capítulo da polêmica comemoração do chute na bandeira de escanteio. Na vitória do Atlético-MG sobre o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi, Pavón celebrou seu gol com o gesto, o que irritou são-paulinos na partida.
Hoje colunista e ex-comentarista de TV, Casagrande conhece bem a emoção após um gol importante. Um dos maiores atacantes da história do Corinthians, Casão reprovou a polêmica que vem se criando em torno do gesto. Em seu blog no UOL, ele lembra e exalta as celebrações que eram feitas do passado.
“Dos anos 2000 para trás, os jogadores tiravam a camisa, subiam no alambrado, faziam o sinal de silêncio para a torcida adversária, mostravam o símbolo do seu time e eram motivo de manchetes de jornais. Nunca começava um tumulto por causa disso”.
No entanto, para Casagrande, existe uma sensação de “escolher” quem pode comemorar chutando a bandeira de escanteio.
“O Raphael Veiga (do Palmeiras), por já comemorar há mais tempo chutando a bandeirinha do escanteio, era aceito. Ninguém reclamava, não tomava cartão amarelo, mas qualquer outro que se atreva a fazer o mesmo é encarada como provocação, falta de respeito e já cria uma revolta dentro do campo. O que estava havendo? Estão querendo decretar que tipo de comemoração cada jogador pode fazer?”, questionou.
Mais um capítulo da “provocação”, relembra Casagrande
A polêmica do chute na bandeira de escanteio começou no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, entre Corinthians e São Paulo. Autor do gol tricolor, Luciano correu na direção onde estavam os torcedores do Timão e chutou a bandeira de escanteio. O problema é que geralmente os clubes usam o próprio escudo nessas bandeiras, o que acaba gerando uma grande confusão.
No último domingo, Pavón do Galo, repetiu o gesto, chutando a bandeira que tinha o escudo do São Paulo, o que irritou os donos da casa. Após o gesto do argentino, o atacante atleticano Hulk chegou a mostrar a bandeira no lugar e pedir desculpas aos tricolores.
Segundo Casagrande, os próprios jogadors têm parcela de culpa nas polêmicas criadas em torno das comemorações.
“Parem de se jogar no chão o tempo todo, parem de se preocupar com a comemoração dos adversários. Chega de colocar as mãos no rosto toda hora que o nosso futebol irá melhorar. Se não perceberam ainda, são os próprios jogadores que estão fazendo o futebol brasileiro ficar cada vez mais chato”.
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