Gabriel decidiu três Libertadores para o Flamengo. Uma, em 2021, o belga entregou ao Palmeiras. E, de novo, ele meteu mais um. Flamengo 2 a 0 no Athletico na Copa do Brasil. E o golzinho que o VAR anulou, hein? Até os carentes de visão – sem brincadeira de mau gosto alguma – perceberam que Gabriel não estava impedido. O pior cego é o que não quer enxergar. Pareceu propositado. Pois é. O Flamengo foi inferior, embora prejudicado, mas ganhou. Flamengo 2 x Athlético + VAR + Bráulio da Silva Machado + hostilidade da Arena. A noite é fria em Curitiba, nessa época do ano, e lugar quente para chorar é a cama, por baixo dos cobertores.
Flamengo e Athlético fizeram uma partida equilibrada na primeira metade da etapa inicial, mas o time carioca foi recuando instintivamente, pela vantagem e pelo fato de jogar fora, dando a bola e espaço aos paranaenses, que passaram a ter o controle do confronto, sem sofrer ameaça, pois o visitante não conseguia concluir os contra-ataques. Na realidade, as duas equipes erravam muitos passes, e não criavam chances efetivas, dando pouco trabalho ao editor de TV que seleciona os melhores momentos.
Flamengo abre o placar
Mas, na sequência, o cidadão passou a se mexer. Com meia hora, Canobbio pôs Vitor Roque de frente para Matheus Cunha, mas David Luiz travou no momento certo. O Flamengo parecia conformado com o resultado obtido no Rio. Aos 34, Vitor Roque recebeu na área, girou, e bateu na trave esquerda. Aos 38, Thiago Maia, fora de sintonia, comete falta nele, Vitor Roque, e Vitor Bueno cobra com violência. Matheus Cunha rebate. Mas não há ninguém no rebote. O ideal, para o time carioca, é aguardar o fim do primeiro tempo. E, no entanto, como no futebol tudo é possível, Arrascaeta cabeceia, e Erick repete o gesto do uruguaio, metendo contra: 1 a 0 para o Flamengo. Nos acréscimos, Khellven, livre, completa cruzamento para fora.
Apesar do placar, a equipe carioca precisa corrigir os muitos equívocos, essencialmente espaço em excesso ao Athlético, e o hábito de roubar e devolver a bola, permitindo ao time local mandar no jogo. No recomeço, o Rubro-Negro do Paraná desfez o 3-5-2, trocando Zé Ivaldo por Esquivel. A ordem é atacar. Mas é fato que o Flamengo voltou sem mudança, pois faz esforço para desarmar e entrega ao adversário, que continua ameaçando, tornando o empate bastante provável. Seria cansativo descrever todas as conclusões da equipe da casa, dentro e fora da área.
E Gabigol outra vez
Aos 15 minutos, porém, Gabriel recebeu em posição absolutamente legal, driblou o goleiro, marcou o gol, e a arbitragem – e o extraordinário VAR, o dono atual do futebol – anulou. Mais claro, impossível, mas não valeu. Vitor Hugo – estava em campo? – sai e entra Allan. Flamengo agora com 11. E o jogo aumentou de intensidade, pois a necessidade de empate torna a partida dramática. O Athlético tira Erick e lança Pablo, mais um atacante. Muita água para rolar. Aos 31, Thiago Maia faz outra falta e dá enfim a vaga para Léo Pereira. Os escanteios a favor do time da casa são contínuos. Para os paranaenses, o relógio tem velocidade de maratona. Para a equipe da Gávea, acabou a pilha, pois os ponteiros não saem do lugar. Wesley Carvalho põe Cuello e Mádson. A pressão é insuportável. Gérson e o doce Thiago Heleno trocaram gentilezas e foram expulsos.
Aos 92, no entanto, Gabriel enfiou o segundo. Roga-se que tenham aprendido a lição. Gabriel não pode ser substituído. Flamengo 2 x 0 Athlético + VAR + Bráulio da Silva Machado + hostilidade da Arena. A noite é fria em Curitiba, nessa época do ano, e lugar quente para chorar é a cama, por baixo dos cobertores.
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