Na noite desta quarta-feira, o Vasco sofreu a terceira derrota em quatro jogos sob o comando de Álvaro Pacheco. Ainda sem vencer desde a chegada do técnico português, o Cruzmaltino também perdeu para Flamengo e Palmeiras, e empatou sem gols contra o Cruzeiro. Após o 2 a 0 imposto pelo Juventude , em Caxias do Sul, o treinador português ressaltou o nervosismo da equipe e lamentou o resultado.
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— Queríamos ser capazes de conquistar a nossa primeira vitória. Penso que foi um jogo em que entramos nervosos. Nos primeiros 30 minutos, não tivemos a capacidade de controlar a partida da forma que pretendíamos. Deixamos muitos espaços para o adversário acelerar o jogo e aproveitar as nossas costas. Após o intervalo, as correções foram positivas, porque a equipe entrou muito bem no segundo tempo. Fomos mais assertivos, controlamos a pressão e os espaços. No melhor momento do time, sofremos um gol. É do momento, e isso nos afetou um bocado. Nos últimos 10 minutos, fomos capazes de equilibrar a partida, principalmente com a mudança no meio-campo. Penso que no final estávamos dentro do jogo. — afirmou o português.
Mesmo com pouca produção ofensiva e apenas cinco finalizações em toda a partida (duas no gol), o treinador destacou a postura da equipe cruzmaltina. Segundo Pacheco, o Vasco foi combativo, mas não conseguiu superar a má fase e trazer pontos para casa.
— Acredito que houve entrega, houve atitude dos jogadores de ir em busca de um resultado positivo. Acho que não foi da forma mais correta, com um jogo posicional, para termos mais a bola. Tivemos algumas decisões precipitadas, mas ainda criamos oportunidades para empatar. No último minuto, infelizmente, sofremos o segundo gol. É um momento complicado, que não gostamos de passar, mas precisamos trabalhar e focar naquilo no que podemos controlar. A vida de um treinador é feita disso: de bons e maus momentos. Não posso desistir ou duvidar das minhas capacidades.
Indagado sobre os maus resultados nos primeiros quatro jogos, Pacheco reconheceu as dificuldades, mas sublinhou o momento conturbado em que chegou ao clube. Ainda sobre o início de trabalho, afirmou que é preciso ter continuidade para que o time evolua.
— Não sou um treinador que gosta de arranjar desculpas. Mas, é preciso reconhecer que chegamos ao Vasco em um momento complicado. É um tempo de muitas transformações, de mudança, instabilidade. Estamos conhecendo o clube, os atletas e a identidade da equipe. Com esse cenário, às vezes perde-se um discernimento. Nos primeiros dois jogos, enfrentamos dois adversários muito fortes, treinados há muito tempo e com dinâmicas fortes. Realmente, com esses resultados, criamos alguma ansiedade. Penso que no último jogo, em casa, a equipe já deu uma resposta dentro do que pretendíamos. Hoje, não fomos capazes de dar essa continuidade, mas acho que isso faz parte do processo. Precisamos manter a sanidade e perceber o que falhou. — destacou Pacheco.