Após goleada sofrida pelo Vasco, Álvaro Pacheco pede desculpas para torcida: “A culpa foi minha, sou o responsável pela derrota”
Luca Young Yáñez
Após goleada sofrida pelo Vasco, Álvaro Pacheco pede desculpas para torcida: “A culpa foi minha, sou o responsável pela derrota”

No “Clássico dos Milhões” disputado neste domingo (2) entre Vasco e Flamengo , o Gigante da Colina perdeu por 6 a 1 no Estádio do Maracanã. O confronto da sétima rodada do Campeonato Brasileiro começou com o gol de Vegetti, com um belo voleio aos oito minutos de jogo. Entretanto, o Vasco pecou no setor defensivo e sofreu a virada, perdendo o controle da partida ainda na primeira etapa.

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Na segunda etapa, houve um domínio do rubro-negro, marcando mais três gols e sacramentando a maior goleada do clube contra o Vasco. Sendo assim, após o apito final, o recém contratado técnico português, Álvaro Pacheco apareceu para sua primeira coletiva pós-jogo, e abriu sua fala pedindo desculpas para a torcida do Vasco, além de sua visão do confronto:

Primeiro, aquilo que gostaria de pedir são desculpas (ao torcedor), pois este resultado aconteceu, e o responsável disso sou eu, como líder e como treinador. Foi um resultado que nós não queríamos, não pretendíamos. Acho que aquilo que aconteceu nos primeiros minutos, nós entramos muito bem, tentamos equilibrar o jogo, fomos capazes de marcar um gol e tivemos situações para poder marcar o segundo, mas depois de sofrer um gol a equipe perdeu um pouco o controle emocional. Culpa minha, por isso o que tenho que dizer aos torcedores é pedir desculpas, e dizer que claramente aquilo que nós pretendemos e minha convicção não mudou, continuaremos trabalhando, para ter orgulho no futuro. Acho que hoje o que tenho que fazer é pedir desculpas, e já falei isso aos jogadores, temos que sentir a derrota, foi algo que não queríamos nem pretendíamos, mas agora temos que ter a noção do que queremos fazer para nos tornarmos mais fortes

Motivo por não colocar David nos relacionados para partida:

– Sim, foi opção tática. Tenho 36 jogadores, só poderia convocar 23 e a questão do David foi sim uma opção tática –

Análise sobre a mudança de comportamento do Vasco após sofrer o empate:

Olhando para aquilo que foi nossa entrada, sentimos uma equipe com uma capacidade de controle do jogo, focada naquilo que havíamos treinado e no que tem sido nossas referências, mas aquilo que estamos construindo são hábitos novos. Enquanto está construindo estes hábitos novos, existem hábitos antigos que são usados em momentos de aflição, desilusão. Nós fizemos um gol, e podíamos ter feito o segundo, tivemos uma situação de cruzamento em que o Vegetti pressionou a bola, onde podíamos ter feito o segundo gol, onde até então o Flamengo não criado alguma grande oportunidade ou grandes chances no último terço do campo. Nós estávamos bem no setor defensivo, com o elenco subindo, não permitindo espaços, muito forte nos duelos. Quando a equipe está criando hábitos novos, uma forma de jogar diferente e uma nova identidade, aconteceu um imprevisto (gol do Flamengo), e eles (jogadores do Vasco) esqueceram aquela referência nova e foram aos hábitos antigos, deixando de pensar coletivamente e começando a agir individualmente, permitindo muito espaço ao Flamengo. Depois, na segunda parte quando ficamos com um a menos, este espaço ficou mais evidente e deixamos de controlar o jogo

Opção técnica no intervalo por Rossi no lugar de Rayan, ao invés de reforçar o setor defensivo:

Duas coisas. Primeiro, o Rayan sentiu um desconforto na coxa e disse no intervalo que estava com dor e não tinha condições para entrar na segunda parte. Aquilo que senti foi isso mesmo (buscar reverter o resultado), nós treinamos durante essas duas semanas estas duas capacidades, ou com uma linha de cinco, ou com uma linha de quatro, e sabíamos que durante o jogo isto poderia acontecer, portanto aquilo que senti foi que com uma linha de quatro, era muito importante primeiro nos manter estáveis e não permitir que o Flamengo conseguisse fazer mais um gol, e depois aproveitar os espaços que poderiam haver, principalmente em transições. Esta foi minha intenção, mas é evidente que quando você entra na segunda parte com menos um jogador e com o Flamengo consegue logo marcar um gol, eles ganharam confiança e isso tirou a nossa confiança

Resultado da partida e sua vontade para treinar o Vasco após a derrota:

Primeiro posso começar pela arbitragem. Se o árbitro e o VAR decidiram ser expulsão, então é isso, pois eles quem são os competentes para avaliar isso. Segundo, se eu mudaria alguma coisa na minha decisão (vir ao Vasco)? Não. Acho que esta é minha resiliência, e eu quanto pessoa, venho do “nada”, e os conselhos que meu pai me deu foram é que a vida é feita com adversidades e dificuldades, então não podemos desistir daquilo que nós pretendemos, e aonde queremos chegar. Sabemos que hoje, eu enquanto líder tive uma derrota, e sou o culpado do resultado. Agora, não irá desviar da minha vontade de treinar o Vasco e de levar o Vasco ao patamar que merece, pois eu acredito de que quando você trabalha e acredita, nós temos que olhar para frente

Sobre a situação de Medel:

O que eu posso falar é que tenho 36 jogadores e que todos estão treinando, alguns estando lesionados, e posso dizer que o Medel está entre esses jogadores. Estou aqui há nove dias, tive que fazer a minha seleção e aquilo que achei hoje, por isso posso dizer que a culpa é minha, achei que estes jogadores estavam mais preparados. Agora, aquilo que posso dizer é que se no futuro, se a equipe precisar do Medel, ele vai poder jogar. Vai depender do que é o crescimento da equipe e daquilo que eu achar que é o melhor para o Vasco

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A linha de três zagueiros do Vasco:

Se você me perguntar se o elenco está construído para jogar com uma linha de cinco ao longo da temporada, não, não está. É evidente que só temos cinco zagueiros, portanto é evidente que para jogarmos com três zagueiros precisamos ter no mínimo seis jogadores, mas aquilo que eu digo é que a forma que nós estivemos treinando, a proposta de jogo que nós temos aos jogadores é eles serem capazes de ver a realidade do jogo. É criar condições de crescimento para a equipe ficar sustentada e irão haver essas nuances, de jogar com três ou com linha de quatro. Vai haver alturas em vai ser mais vantajoso jogar com uma linha de quatro, como também achei que poderia manter uma linha de cinco, tirar um extremo e ficar 5-3-1, e podíamos ficar ali mais protegidos. Mas é como eu disse, eu acreditei que se nós fossemos capazes de na volta, controlar o jogo e em uma transição fazer o gol, os sentimentos e a confiança iriam aumentar, e o Vasco iria crescer e poderíamos entrar no jogo. Acho que temos que olhar para o jogo com vontade de ganhar. Tenho que passar essa crença, essa vontade que iríamos ganhar. Acho que a equipe está preparada para jogar das duas formas. Temos que reduzir a quantidade de gols que sofremos. Se nós formos capazes de manter essa linha, acho que vamos melhorar e depois encontrar melhores soluções

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