Na noite deste domingo, em São Januário, o Vasco voltou a vencer no Brasileirão depois de quatro derrotas consecutivas. Com o triunfo de 2 a 1 diante do Vitória , o Gigante da Colina conquistou os primeiros três pontos sob o comando do interino Rafael Paiva e deixou a zona de rebaixamento. Ao fim da partida, o treinador analisou o desempenho da equipe e celebrou o resultado.
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— Desde o primeiro jogo que assumi, precisava equilibrar a equipe. Primeiro, tentamos organizar a defesa para sermos um pouco mais sólidos. No jogo do Fortaleza, conseguimos fazer isso bem. Contra o Athletico, sofremos com uma expulsão logo no início e, mesmo assim, sustentamos o jogo defensivamente. Sofremos, mas levamos só um gol. O caminho era evoluir também o meio-campo e o ataque, ficar mais com a bola, criar mais situações de gol. Conseguimos dar a resposta nesse último jogo. A equipe entrou bastante no último terço do campo, criou chances. Sofremos um pouco no final, mas acho que conseguimos equilibrar o desempenho. O próximo treinador já pega uma equipe muito madura. Temos jogadores experientes, com capacidade de se organizar bem, independente da forma de jogar. — destacou o técnico.
Sobre as mudanças na escalação, o treinador avaliou as atuações e considerou uma melhora significativa no desempenho da equipe. Em sua terceira partida comandando o Vasco, Paiva contou com o retorno definitivo de Payet ao time titular após uma lesão no joelho. Durante a coletiva, o técnico elogiou o craque francês e ressaltou a diferença feita pelo jogador dentro de campo.
— A ideia foi tentar qualificar a nossa construção de jogo. João Victor é um jogador rápido, com bom passe, conduz bem a bola. Com a entrada dele, fomos assertivos na construção. Payet é um jogador muito diferente. Estava se recondicionando e incomodado de não jogar, porque ele sabe que pode ajudar muito o Vasco. Hoje ele provou isso mais uma vez. É um jogador muito talentoso, competitivo, que gosta de conduzir a bola e sempre buscar assistências, propor um jogo vertical. Qualificou nosso jogo, organizou a posse, conseguimos construir melhor e ele pôde contribuir com duas assistências.
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Outros trechos da coletiva de Rafael Paiva:
DESEMPENHO NO SEGUNDO TEMPO E ATUAÇÃO DE PAYET
— No primeiro tempo, até conseguimos ficar com a bola, ter uma posse, mas algo mais pelo campo de defesa. Até chegávamos no campo de ataque, mas não terminávamos as jogadas. Até sofremos algumas transições que machucaram a gente. Foi isso que conversamos no intervalo, que precisávamos ter mais a bola no campo de ataque, terminando as jogadas, concedendo menos transições ao adversário. Nesse ponto, fomos mais cirúrgicos e conseguimos chegar melhor no segundo tempo. Payet é um jogador que desequilibra. É muito inteligente, tem a capacidade de enxergar as coisas diferentes, tem um último passe refinado. É um jogador que qualifica muito a nossa fase ofensiva.
PÊNALTI NÃO MARCADO PARA O VASCO
— Vi a jogada agora no final, realmente é um lance determinante e, me parece que houve pênalti no Galdames. Se fosse marcado e a gente fizesse o gol, mudaria muito a característica do jogo. Mas, independente disso, precisamos ter controle dentro do campo. Temos que continuar buscando, temos que fazer a nossa parte o tempo todo. Acho que os árbitros estão evoluindo cada vez mais e nós temos que deixar a arbitragem com quem deve resolver os problemas dela.
NEGOCIAÇÃO COM NOVO TREINADOR
— Como eu disse após os dois jogos anteriores, estou sempre à disposição do Vasco. No sub-20 ou no profissional, estou pronto para ajudar da melhor maneira possível. Conseguimos a vitória hoje e qualificamos nosso jogo com a bola, algo que buscamos sempre. Não sei o que vai acontecer, por enquanto vou trabalhar para evoluir mais os atletas e a equipe. Diria (ao novo técnico) que temos um grupo talentoso, técnico, competitivo. Eles estavam incomodados que as vitórias não vinham e acho que conseguimos nos equilibrar defensivamente, jogar mais com a bola. É um grupo que vai sempre brigar para ganhar as partidas e fazer um jogo mais vistoso.
CLÁSSICO CONTRA O FLAMENGO
— É um grande clássico. A gente respeita demais o Flamengo, uma equipe extremamente qualificada. Nas categorias de base já é um jogo especial e, se acontecer no profissional, vai ser muito especial também. É um jogo grande, em que precisamos dos três pontos. O clássico tem as particularidades, a competitividade. Mas, precisamos continuar evoluindo, independente do adversário. Vamos trabalhar durante a semana e tentar buscar sempre a vitória.
CASO MEDEL
— Tem sido muito tranquilo, porque Medel é uma grande liderança. Não temos esse problema com o grupo. Foi uma opção no primeiro jogo para a gente tentar uma formação com Maicon, Léo. Deu certo nesse jogo contra o Fortaleza e repetimos contra o Athletico. Estamos seguindo porque a gente acha que está consistente defensivamente. Hoje, mais uma vez, provamos essa consistência. Sofremos, sim, em alguns momentos, mas os dois (Maicon e Léo) estão funcionando muito bem com João e com Rojas. Medel é um atleta que puxa o grupo para cima nas conversas, no vestiário. Se tivermos que colocá-lo em algum momento, tenho certeza que ele vai estar pronto para ajudar o Vasco e ele quer muito isso.