O São Paulo apresentou nesta segunda-feira (22), no CT da Barra Funda, seu novo treinador, Luis Zubeldía. O argentino assinou contrato até 31 de dezembro de 2025.
Ele explicou o motivo de não ter dado certo a primeira investida do clube no começo do ano.
-A primeira sensação é de felicidade. Sei a equipe que venho. Estou me preparando há 15 anos com meu grupo de trabalho e sinto que essa profissão nos demanda uma preparação constante. Como amo essa profissão e o futebol, tomei meu tempo de forma lógica para que nossos caminhos se cruzassem novamente e assim foi. São Paulo já tinha me contatado, e por uma questão pessoal, de estar me desligando do outro clube, precisava de um tempo também para me preparar para um novo desafio”, explicou.
– Nos cruzamos de novo depois de um tempo e pude assumir esse desafio importante pela magnitude que tem o clube e por conhecer bem o elenco. Claro que no dia a dia vou poder ter um diagnóstico muito mais certeiro para poder preparar minha ideia de jogo. Conheço bastante porque nos enfrentamos em poucos anos e tenho visto bastante o Brasileirão por enfrentar muitas equipes brasileiras em copa internacionais. Estou contente. O tempo que pode levar a ideia que tenho, nunca se sabe. Espero que seja o mais rápido possível. O mais importante é que os jogadores entendam, fazer uma equipe que seja consistente apesar do calendário bastante apertado – disse Zubeldía.
Zubeldía também explicou que teve outras ofertas antes de fechar com o São Paulo, mas que otpou por fechar com a equipe paulista.
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– Eu tive várias ofertas, de várias ligas, mas queria estar aqui. Sempre tive a sensação que nos cruzaríamos. Nos enfrentamos na Sul-Americana e senti que meu destino podia estar aqui. Quando falamos com o presidente, em cinco minutos fizemos o acordo. Foi uma conversa muito sincera, mostrei a minha gana de chegar. Meus objetivos são os mais altos possíveis – revelou o treinador, que completou.
– O São Paulo é um gigante. Está bem, e trabalharemos para estar melhor. O São Paulo sempre foi muito respeitado internacionalmente. Jogadores e torcedores rivais se motivam contra o São Paulo, e isso nos obriga a nos prepararmos cada vez mais e de cuidar de uma história importante – concluiu.
Confira outras respostas de Zubeldía, novo técnico do São Paulo:
Sobre reforços:
– Hoje não seria oportuno falar que faltam jogadores. Não conheço na totalidade. Conheço por partidas anteriores, mas vou terminar de conhecer no dia a dia. Creio que o elenco está muito bem conformada e a partir daí os jogadores têm que fazer sua parte para estar o melhor possível. A princípio, acho que está mais que bom o elenco e por isso assumi esse compromisso.
Adaptação:
– Sem bola é fácil, é importante ter claro as três alturas do campo e os movimentos para trabalhar o mais organizadamente possível, de maneira inteligente e aplicar energia no setor em que tenha que aplicar. Com bola, com o tempo, vamos aprendendo a fazer ataques não tão verticais, dar um pouco de pausa para que a equipe trabalhe um pouco mais compacto com uma sequência de passes. Isso vou aprendendo nas ligas diferentes e vou trabalhar. Argentina há dez anos atrás é uma coisa, outra é Colômbia, outra México, outra Equador. Tenho minha maneira de sentir, respeitar a fase com bola e saber manejar o tempo de bola e entender a janela. Se é agora, põe energia. Se não, ter paciência.
Ideias de jogo:
– Há certos princípios de jogo com e sem bola que vamos respeitar desde o começo. Considero importantíssimos para ter uma equipe bem configurada. Quero transmitir o mais rápido possível Depois, há uma adaptação de minha parte, dia após dia, que tem mais a ver com um modelo de jogo para Brasileirão, Libertadores, que é diferente, Copa do Brasil… os jovens do elenco. E os jogadores versáteis. Somos uma equipe técnica prática e vamos nos adaptar rapidamente ao que a situação peça.
– Creio que há certos princípios táticos que para nós são adaptáveis a qualquer contexto. Um dos pilares é a disciplina, a comunicação, para chegar onde queremos. Não é tão complexo. São conceitos de jogo que se podem adquirir rapidamente.
– Sem bola, é importante ter as três alturas do campo, dos movimentos, para que a equipe seja organizada, de maneira inteligente. Com bola, com o tempo, vamos aprender a fazer ataques não tão verticais, dar uma pausa para a equipe trabalhar mais compacta depois de uma sequência de passes. Isso vim aprendendo nas ligas em que trabalhei. A minha maneira de sentir o que se respeita à fase com bola, o melhor é saber manejar o tempo. Se janela se abre ou se faz com paciência.
Como enxerga o São Paulo:
– Vejo São Paulo bem. É um clube gigante. Creio que possa estar melhor e vamos trabalhar para isso. São Paulo sempre foi muito respeitado a nível internacional. Quando íamos enfrentar, os jogadores e os torcedores rivais se motivavam. Isso nos obriga a trabalhar cada vez mais.
Sobre o uso da base:
– Tive vendo a idade dos jogadores do elenco, está bem equilibrado. É uma equipe jovem. Antes de jogar com o Barcelona tenho três treinos, dois aqui e um lá. Cada sessão nos dá informação. Para mim todas são importantes, cada minuto me dá informação dos mais jovens. Eu treino muitos jovens. Dependendo do que eu vejo, do que eu preciso, tomaremos decisões – explicou Zubeldía.