O Atlético-GO teve um domingo, no mínimo, muito estressante. Não bastasse a derrota por 2 x 1 para o Flamengo , na estreia do time no Campeonato Brasileiro e o consequente encerramento da série de quinze jogos de vitórias seguidas, o Dragão reclamou muito da arbitragem do mineiro André Luiz Skettino Policarpo Bento e dos demais profissionais que comandaram a partida no estádio Serra Dourada.
A partida já começou polêmica com a rápida expulsão do técnico Jair Ventura, logo aos 14 minutos de jogo. A decisão do árbitro foi tão surpreendente que revoltou não apenas membros da comissão técnica e do banco de reservas do Atlético-GO, mas também do Flamengo. O técnico Tite defendeu o companheiro de cargo e reclamou acintosamente com a arbitragem pela decisão de tirar Jair Ventura da partida tão cedo.
Ainda no 1º tempo, o Flamengo abriria o marcador em uma partida, ainda sim, equilibrada. De la Cruz cobrou falta com perfeição e colocou a bola no ângulo do goleiro Ronaldo, que nada pode fazer. A situação do Dragão, que já estava complicada, piorou nos acréscimos com mais uma expulsão. Desta vez, a do zagueiro Alix, que foi direto para o vestiário após dar um carrinho no atacante Pedro.
Com um a menos e sem o seu treinador, o Atlético-GO voltou disposto a mudar o cenário do jogo e conseguiu o empate. Luiz Fernando aproveitou cruzamento, se antecipou a zaga do Flamengo e cabeceou firme, sem chances de defesa para Ronaldo. Houve ainda a chance da virada, em mais um lance de protagonismo da arbitragem, com a marcação de pênalti para o Dragão. Shaylon, porém, parou na trave.
As consequentes interrupções forçaram o árbitro a dar um longo tempo de acréscimos que, no final das contas, transformaram o jogo em um espetáculo que durou mais de duas horas. E, quando o empate parecia certo, veio o lance que revoltou o Atlético-GO. A arbitragem, com o auxílio do VAR, apontou pênalti cometido por Maguinho em cima de Bruno Henrique. O lateral-direito do Dragão foi expulso, Pedro cobrou a penalidade máxima e deu os três pontos ao Flamengo.
No fim, sobraram broncas do Atlético-GO. Em entrevista concedida à detentora dos direitos de transmissão, o atacante Luiz Fernando afirmou que o árbitro “só fez m#$%&” e que foi à Goiânia “mal intencionado”. Adson Batista, presidente do Dragão, também reclamou muito em entrevistas concedidas à imprensa após o final do jogo. Até o perfil do Atlético-GO na plataforma “X” teceu inúmeras críticas e reclamações à arbitragem.
Horas depois do final do jogo e as manifestações, a instituição do Atlético-GO divulgou uma nota oficial em seus canais onde repudiava a arbitragem do jogo. Confira:
Nota de Repúdio
“O Atlético Clube Goianiense, diante dos erros flagrantes ocorridos durante o jogo contra o Flamengo, vem por meio desta nota expressar seu mais veemente repúdio aos erros grosseiros de arbitragem que prejudicaram a integridade esportiva da partida.
É inaceitável que equívocos tão evidentes comprometam o resultado de uma competição tão importante como o Campeonato Brasileiro. O Atlético Goianiense reafirma seu compromisso com a ética e a justiça desportiva, e não poupará esforços para que situações como estas não se repitam maculando a integridade não só dos jogos do Atlético, mas do nosso futebol.
Ressaltamos que nosso clube continuará lutando dentro das quatro linhas, com fair play e respeito às regras do jogo. Confiamos nas instituições responsáveis por zelar pela lisura do esporte e esperamos que medidas adequadas sejam tomadas para evitar que tais equívocos voltem a acontecer.
Reiteramos nosso respeito pelo arbitragem e por todas as equipes adversárias, e reafirmamos nosso compromisso com a busca constante pela excelência e pela lisura desportiva.”
Derrotado, o Dragão volta a campo na quinta-feira (18), contra o Botafogo, no Nilton Santos. A bola rola às 21h30. O time carioca também perdeu na estreia do Brasileirão (foi derrotado pelo Cruzeiro, em Belo Horizonte).