Às vésperas da decisão do Campeonato Mineiro, o Atlético-MG apresentou, nesta quarta-feira, Gabriel Milito, novo técnico para o decorrer da temporada. O técnico argentino, de 43 anos, explicou todo o processo para aceitar a proposta do Galo e também pontua como quer o sentimento de seus jogadores dentro de campo.
– Muitas coisas, foram vários os motivos para vir. Como ponto de partida, sabemos o grande que é o clube. A convocação e a paixão que se respira no Brasil e principalmente a Massa do Galo. Tivemos isso em conta. Outro motivo é analisar os jogadores, ver se com a característica e condições de jogadores podemos desenvolver uma equipe ganhadora. Também sentimos que é possível. Depois, quando encontrei o Victor, vimos profissionalismo e a apresentação que nos fizeram sobre o clube, me deixou muito impressionado. o CT, a Arena e, por suposto, o mais importante o elenco – disse Milito.
– Muito contente de estar aqui. Para mim, um sonho cumprido de vir para um clube tão grande. Uma massa tão potente. Uma Arena que é uma maravilha, que, se não é o melhor, está entre os três melhores da América do Sul. Decidi vir porque, quando Victor viajou e me apresentou tudo que é a organização do clube, o projeto desportivo, a seriedade com o que me apresentaram e porque queriam que eu fosse o treinador. E isso é importante, saber o porquê me queriam. Por tudo isso, e junto os jogadores que conta o clube, que todos são muito bons. Todos de muita qualidade – destacou.
Com pouco tempo no Atlético-MG, Milito terá que tirar um “coelho da cartola” para tentar fazer um duelo equiparado com Larcamón, que já está no Cruzeiro desde o início da temporada. Apesar disso, o argentino garantiu entrega e paixão nos próximos clássicos.
– É fazer com que eles sintam que podem. Alguns têm carreiras impressionantes, já sabem, outros devem incorporar estes conceitos. Não temos muito tempo, mas vamos compensar com a paixão. A falta de tempo e de rodagem vamos compensar com a paixão. Vamos tentar ganhar, de uma maneira, dando estilo à equipe. Se não conseguirmos, será por mérito do rival. Aqui estamos todos para dar tudo, para conseguir os objsetivos. Se pode conseguir? Sim. Mas o futebol é sensível. Se não conseguimos, temos que ir dormir sabendo que fizemos de tudo para ganhar. É o que pedimos aos jogadores – Milito
Milito também falou sobre jogadores serem convencidos da filosofia de trabalho.
– As coisas com imposição não dão resultado. As coisas com o porquê têm resultado. Não gosto de impor, gosto de convencer. Para construir uma equipe, o mais importante é convencer. Explicar ao jogador porque isso, porque isso outro. Previamente, como contamos a ele, que isso aconteça em campo. Se não sair em campo o que falamos, o jogador também começa a desacreditar. Por isso, a responsabilidade como comissão técnica é ter acerto em cada decisão. Por isso, trabalhamos muito – disse.
O último trabalho de Milito foi pelo Argentinos Juniors-ARG, de 2021 a 2023. Em 135 jogos, foram 57 vitórias, 35 empates e 43 derrotas no comando da equipe. O treinador, de 43 anos, pediu demissão em agosto do ano passado, depois de derrota por 1 a 0 para o San Martín-ARG, que culminou em eliminação nas oitavas de final da Copa Argentina. Pouco antes, a equipe também tinha caído nas oitavas da Copa Libertadores, para o Fluminense.
Treinamentos
“Nestes dois dias e meio, pudemos treinar e ter cinco treinamentos, onde temos que preparar a equipe para uma final, iniciar a Libertadores e para a revanche contra o nosso rival, que é o Cruzeiro. Temos que nos preparar da melhor forma possível, de ter as coisas que gosto e que eles podem fazer. Não vou pedir nada que eles não podem fazer. Quero que eles aproveitem o campo, que eles se sintam à vontade”
Estilo de jogo
“Gosto de dominar as partidas tendo a bola. Creio que temos equipe e jogadores para fazer isso. Devemos automatizar, sincronizar movimentos. Vamos jogar na parte tática de distintas maneiras, mas o estilo será um só. Tentaremos com a bola e quando o rival tiver, que ele tenha muito pouco, que seja para eles incomodo e incomodo. Esses dois conceitos é muito importante. Que possamos jogar com dois ,três atacantes. Isso muda. E outra é como joga o rival, como vamos defender. Mas temos que ter uma ideia, ser protagonista, tentar atacar o tempo todo”.
Final contra o Cruzeiro
“Claro que jogar uma final é muito importante, um título em jogo, muito mais importante se é contra o seu rival. Mas vamos preparar pra lutar, para competir e para ganhar a final. Sabendo que não é fácil, que o rival tem uma boa equipe, mas com confiança que podemos conquistar. Com paixão, ordem defensiva, como podemos atacar, fazendo muitas infiltrações e com a confiança que podemos ganhar”
Elenco
“Quando analisei o plantel inteiro, vi muito talento e mentalidade. Mas isso se completa conhecendo os jogadores no dia a dia nos treinos e completa nos jogos, vendo como eles sabem ganhar e perder. Falamos com eles: na adversidade, busquem o melhor. Quando as coisas vão bem, as coisas são fáceis. Vamos tentar isso”.
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