Nesta segunda-feira (25), Daniel Alves pagou a fiança no valor de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) e será solto da prisão em Barcelona. Ele deixará o Penitenciário Brians 2, dois dias depois de a Justiça local aceitar o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do jogador. A informação foi divulgada pelos jornais da Catalunha.
Ele foi condenado a quatro ano e meio de prisão por estupro e passou 14 meses na prisão preventiva e deve ser liberado nas próximas horas.
O jogador demorou dias para levantar o valor pago. Depois da transferência para a conta do tribunal, foi dada a instrução à administração penitenciária para então, realizar a liberação. Daniel explorou diversas opções para realizar o pagamento o mais rápido possível.
A defesa de Daniel Alves buscou um empréstimo bancário para tirá-lo da prisão, segundo informações do jornal “La Vanguardia”. Um banco que não foi revelado teria se comprometido com a equipe, enquanto outros não aceitaram devido a reputação. A princípio, segundo o diário, o responsável pelo pagamento seria o pai de Neymar, que negou envolvimento. Segundo o jornal “El periódio”, amigos e familiares do jogador teriam corrido para juntar o valor.
+ Siga o Esporte News Mundo no Twitter , Facebook e Instagram
“Comunicamos que na conta da seção 21ª da Audiência de Barcelona consta o depósito da fiança de Daniel Alves”, indicou a corte em um breve comunicado.
Por maioria dos votos, a 21ª Seção do Tribunal de Justiça de Barcelona, na última quarta-feira permitiu que o jogador ficasse fora da prisão enquanto os recusos são analisados, mediante fiança d e1 milhão se euros, entrega dos passaportes (brasileiro e espanhol), afastamento de 1km e não comunicação com a vítima, além de não deixar a Espanha e se apresentar ao tribunal toda semana. Ele teve o pedido de liberdade provisória após cinco dias negados.
Ao final da audiência, Daniel Alves, que participou por videoconferência da prisão, garantiu ao tribunal que não fugiria e que acredita na justiça. Diante disso, segundo o portal O Dia, estes argumentos não convenceram ao Ministério Público nem a assistência da acusação, que mantiveram sua oposição à soltura do jogador, levando em consideração alto risco de fuga.
Porém, a justiça que se baseava nesse fator para rejeitar os pedidos do jogador para responder à instrução em liberdade, estimou que o “transcurso do tempo” é um “fator mitigador” dos critérios anteriores e apontou que o risco de fuga “foi reduzido”.
Existe a expectativa de que os recursos na sala de apelação do Tribunal Superior de Justiça da Catalinha sejam deliberados nos meses seguintes. Todas as partes recorreram da sentença: a defesa de Daniel Alves pede absolvição; o Ministério Público e os advogados da vítima demandam pena máxima, de 12 anos. O caso ainda pode ser levado até o Tribunal Supremo, órgão jurídico de última instância na Espanha.
Devido a pena ter sido baixa, a defesa do jogador acredita que os argumentos possam cair, segundo o GE. Antes do julgamento, a parte parte denunciante pedia a pena máxima e o Ministério Público propôs nove anos.