Atualmente no Nice, da França, Dante segue atuando em alto nível aos 40 anos. Em reta final de carreira, o defensor ainda tem um sonho antes de pendurar as chuteiras: defender o Bahia.
Natural de Salvador, o atleta é torcedor do Tricolor. O zagueiro começou a carreira no Juventude e em seguida rumou para a Europa. O auge no velho continente foi no Bayern de Munique, onde conseguiu os principais títulos, como a Champions League e o Mundial de Clubes. O jogador não cravou uma volta ao Brasil, mas tem esperança que aconteça.
– A gente tem essa curiosidade (de jogar no Brasil). Quando joguei no Campeonato Brasileiro eu tinha 18, 19 anos só. Então tenho essa curiosidade, porque a gente gosta daquele calor humano brasileiro, aquela forma de torcer, aquela coisa calorosa, aquela coisa apaixonada. Eu adoro isso – começou dizendo em estrevista à ESPN.
– Agora, sinceramente, o único clube que eu penso em um dia em jogar no Brasil seria o Bahia, que é meu clube de coração e o clube que, só de eu falar e eu imaginar um dia jogando por esse clube, desencadeia uma emoção dentro de mim. É uma alegria muito grande só imaginar. Seria esse o meu objetivo, mas devido ao projeto do clube (Nice), que eu já estou aqui há oito anos, está sendo difícil de realizar esse sonho de ir no Bahia – prosseguiu.
– Eu acho que, em termos de resultados, é bem simples. Eu tenho esse sonho de antes de deixar o Nice, ter conseguido colocar o clube para disputar uma Liga dos Campeões, é algo que eu quero, que eu sonhei bastante. E, então, quem sabe jogar pelo Bahia? A gente sabe que é difícil, a idade está passando, os anos estão passando, (mas) o sonho nunca morre – completou.
Se o desejo de voltar a atuar no Brasil não for concretizado, Dante tem outra meta. O jogador está fazendo cursos para se tornar técnico e quer retribuir tudo de bom que o futebol lhe proporcionou.
– O foco agora é continuar bem e continuar jogando. Ano que vem eu vou jogar, com certeza. E estou buscando meu diploma de treinador. Está faltando só mais um ano e meio de curso na UEFA. E quem sabe um dia ser treinador no Brasil? Porque eu acho que no Brasil tem algo além do lado esportivo, que vai para o lado humano – afirmou.
– Eu já me crio uma ansiedade boa, uma emoção também muito boa, em saber que eu posso estar ajudando essa garotada que sai da favela. Dar bons conselhos, torná-los melhores jogadores, melhores pessoas, vê-los ajudar a família deles. É um pouco a minha história. Então, isso aí eu acho que tocaria também no meu coração. Um dia ir para o Brasil, ser treinador lá devido a essa situação – concluiu.
Dante está em sua oitava época no Nice. Na atual temporada, o zagueiro disputou 23 jogos pela equipe francesa, sendo titular em todos. O defensor deu uma assistência e não marcou gols.