Especialista opina sobre SAF do Flamengo ‘à la Bayern de Munique’
Yuri Araújo
Especialista opina sobre SAF do Flamengo ‘à la Bayern de Munique’

O Flamengo nos últimos meses vem flertando com o sonho de ter um estádio próprio e definitivamente caminha para ter um estádio para chamar de seu. Rodolfo Landim, atual presidente do clube, trabalha nos bastidores para realizar o sonho e defende a adesão ao projeto SAF como melhor caminho para a tirar o projeto do papel. Landim, se espelha na SAF do Bayern de Munique, porém especialista pede cautela ao tentar trazer um projeto estrangeiro para o Brasil

Tiago Gomes, sócio do Ambiel Advogados e mestre em Direito Comercial, ao ser questionado sobre o projeto que o Flamengo pretende adotar em um futuro, defende que a cultura econômica e associativa estrangeira é totalmente diferente do que é aqui no Brasil.

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Antes, é importante ressaltar que Landim ao propagar seu projeto para seus aliados, defende que ao contrário do que vem sendo feito aqui no Brasil com as SAFs, o Flamengo continuaria tendo o poder total de decisões dentro do clube. Landim pretende vender apenar pequenas partes para as empresas e destes investimentos sairia o dinheiro para a construção do estádio.

Segundo, Tiago Gomes, a cultura brasileira pode não favorecer o projeto que Landim pretende adotar dentro do Flamengo. Veja;

“O sistema alemão prevê expressamente que as associações permaneçam com 50% das ações das sociedades do futebol, o que não acontece aqui. E isso lá se deve a uma questão cultural do direito societário alemão do pós-guerra com a influência da co-gestão” – afirma Tiago

Isso significa que os acionistas minoritários têm poder real na tomada de decisões e podem contribuir mais do que apenas com dinheiro

Ao falar do cenário brasileiro, Tiago explica que a alternância de grupos políticos no poder pode acabar atrapalhando a gestão das empresas que serão sócias do projeto. No Brasil, o direito societário se desenvolveu com uma forte concentração econômica, resultando em uma concentração de poder nas mãos dos controladores das empresas. Ao contrário do sistema alemão, o foco muitas vezes está nos interesses do controlador, com algumas proteções limitadas aos direitos dos acionistas minoritários.

Landim e seus aliados terão que trabalhar bem o projeto de SAF no Flamengo para apresentar a outras empresas. Hoje, o momento do clube financeira e esportivamente é um atrativo que falam por si só. Mas, um projeto desse tamanho, cada detalhe é importante para não haver problemas no futuro.

Mas, as conversas com possíveis sócios do projeto estão um pouco distante, pois, o Flamengo ainda dialogo com a Caixa Econômica Federal que é proprietária do terreno onde o clube carioca pretende construir o estádio.

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