Caio Bonfim se emocionou após ficar com a prata na prova dos 20 km da marcha atlética das Olimpíadas de Paris 2024
. Em entrevista à TV Globo, o atleta dividiu a glória com sua mãe, Gianetti Bonfim, oito vezes campeã brasileira e sua treinadora. Além disso, ele revelou ter sofrido preconceito antes de conquistar a medalha inédita para o Brasil.
"Todo mundo um dia viu a marcha atlética e achou estranho. Eu, não, porque era a profissão da minha mãe. Cresci com isso, era normal. Ela fez índice para Atlanta-1996, mas teve mudança de critério e ela não foi. Em Londres, falei para ela: 'Quem disse que você não foi para as Olimpíadas?'. Hoje, estamos em nossa quarta Olimpíadas e posso dizer para ela: 'Somos medalhistas olímpicos'", comemorou.
"Não estou acreditando. Obrigado a todos, é muita gente que a gente representa aqui. Foi com muita raça, nessa prova não estamos brincando de rebolar, somos uma potência, somos medalhistas olímpicos", acrescentou Caio Bonfim.
Além do preconceito, Caio Bonfim ainda destacou a dificuldade de viver da marcha atlética e todo seu esforço para conseguir a primeira medalha. "Foi difícil desde o dia que eu fui marchar na rua pela primeira vez e fui xingado, e falei para o meu pai que havia decidido ser marchador. E ali eu larguei para esse dia. São quatro Olimpíadas. Terminei carregado em uma cadeira de rodas em 2012. E agora sou medalhista olímpico. Esse momento é eterno", festejou, em entrevista à CazéTV.
"Tem que ter muita coragem para viver de marcha atlética, não é fácil. Mas valeu a pena pagar o preço. Hoje eu pude falar para os meus pais "nós somos medalhistas olímpicos", finalizou.
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