
Após derrota para o kosovar Akil Gjakova, o judoca Daniel Cargnin
se emocionou ao comentar a eliminação precoce em Paris. Citando a dificuldade da luta, a família e momentos difíceis, o atleta mal conseguiu conter as lágrimas.
"Não consegui fazer meu judô. É um atleta que faz muita força, um dos poucos no cenário inteiro que eu ainda não tinha vencido. Luta meio chata, muita pegada, fica pesando muito para trás.. O que me deixa mais triste é minha família estar aí...”, iniciou Daniel. Após essa fala, o judoca se emocionou e precisou fazer uma pausa antes de prosseguir.
“No momento em que eu estava lesionado e tudo mais, foram as pessoas que me ajudaram. Talvez se não fossem elas eu nem estaria aqui. Tentar além de tudo ficar com minha família, quem me faz bem, para que, quem sabe, no futuro estar bem de novo. Elas sabem que sempre vou dar tudo de mim. Fico chateado, mas não abaixo a cabeça. Como estou sozinho, sei o que eu passo, sei quem me ajuda. Só me deu vontade de pegar o celular e mandar mensagem para elas”, disse.
Mesmo decepcionado e com a expectativa que havia sobre a busca por mais uma medalha olímpica, Daniel apontou que não deve nada para ninguém e pregou foco na família.
“Uma das coisas que meu técnico falou e que eu também sinto é que não devo nada para ninguém. Desde mais novo, todo mundo desacreditava. Quando eu medalhei em Tóquio, todo mundo começou a falar 'era uma esperança' e tudo mais. Não vou deixar me abalar por fatores fora do tatame. É levantar a cabeça e ficar com a família”, afirmou.
“Hoje é um dia para refletir, hoje é um dia em que vou pensar muito na equipe. Sei muito das minhas expectativas que eram bem altas. Agora é tentar botar a cabeça no lugar, tentar me divertir com minha família. Para ser sincero, são as únicas pessoas que eu quero ver hoje”, encerrou.
A eliminação nesta segunda-feira não encerra a participação de Daniel Cargnin nos Jogos Olímpicos de Paris. O atleta deve voltar ao tatame na disputa por equipes.
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