A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) informou, em nota divulgada nesta sexta-feira, que o exame antidoping de Tandara , da seleção feminina de vôlei, acusou a presença da substância Ostarina.
A atleta precisou regressar do Japão, onde disputava a Olimpíada de Tóquio, ainda nesta sexta, após a divulgação do resultado positivo, e deve chegar ao Brasil neste sábado. Já sem a presença de Tandara, a seleção de vôlei derrotou a Coreia do Sul por 3 sets a 0 nesta sexta e garantiu vaga na final olímpica contra os Estados Unidos.
Segundo apurou O GLOBO, a Ostarina é um modulador hormonal que atua no aumento de massa muscular e auxilia na perda de peso. Após a revelação de que havia sido pega no antidoping, Tandara foi pega de surpresa e acreditou tratar-se de consequência de um tratamento para controle menstrual .
A substância, segundo a nota, pertence à categoria "S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA" – sigla da Agência Muncial Antidoping. A coleta do exame de Tandara foi realizada antes da viagem ao Japão, no dia 7 de julho, no CT do vôlei em Saquarema (RJ), onde a seleção feminina treinava para a Olimpíada.
Segundo o comunicado da ABCD, o resultado do exame só foi recebido nesta quinta-feira, quase um mês depois da coleta do material de Tandara. A análise foi feita no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), o único credenciado pela Wada na América Latina. A ABCD afirmou que o processo de testagem e análise "seguiu todos os padrões internacionais".
Leia a íntegra da nota:
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"A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) esclarece que o processo de controle de dopagem do caso da atleta da seleção brasileira feminina de vôlei, Tandara Caixeta, seguiu todos os padrões internacionais estabelecidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA-WADA).
Informamos que a coleta do material biológico da atleta foi realizada fora de competição, em 7 de julho de 2021, no Centro de Treinamento de vôlei de quadra da seleção, em Saquarema/RJ, mesmo momento em que todas as demais atletas da equipe também forneceram o material.
Ao receber, no dia 5 de agosto de 2021, o resultado do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), único credenciado pela WADA na América Latina, foi constatada a presença da substância Ostarina, que pelo Código Brasileiro Antidopagem implica na aplicação obrigatória de uma suspensão provisória da atleta.
A Ostarina é uma substância não especificada, proibida em competição e fora de competição. Pertence a classe: S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA.
A ABCD seguirá os trâmites processuais do caso em sigilo para proteger os direitos da atleta."