Erica Sena em ação nas Olimpíadas
Tokyo 2020 / Site oficial
Erica Sena em ação nas Olimpíadas

A brasileira Érica Sena , de 36 anos, estava dentro do pódio na prova de 20km da marcha atlética, mas levou punição no fim e deixou escapar uma medalha inédita. Ela precisou ficar dois minutos parada na última volta, e chegou na 11ª posição.

O ouro ficou com a italiana Antonella Palmisano, que fez o tempo de 1h29min12s. A colombiana Sandra Lorena Arenas e a chinesa Hong Liu fecharam o pódio.

Na prova realizada na cidade de Sapporo, Érica era a única representante do Brasil. Ela ficou desolada após receber a terceira advertência, quando ocupava o terceiro lugar no primeiro pelotão, e teve que cumprir o tempo de punição.

Na marcha atlética, os atletas são rigorosamente fiscalizados para não dobrarem o joelho, nem realizarem qualquer outro movimento irregular, diferente do ato de marchar. Em caso de descumprimento dessa regra, é aplicada uma advertência, e o terceiro chamado é transformado em uma punição de desconto de tempo.

A brasileira já havia passado por situação semelhanta nos Pan-Americano de Lima, em 2019. Em sua estreia olímpica, na Rio-2016, ela chegou e 7º e conquistou a melhor colocação de uma brasileira na modalidade.

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No Japão, Érica permanceu entre as dez primeiras colocados durante toda a prova e só levou advertências perto do fim. Após chegar a liderar, ela caiu para o quinto lugar, mas reassumiu uma posição no pódio faltando nos últimos 2km.

Érica se manteve desde o ciclo olímpico passado entre as dez melhores atletas do mundo na modalidade. Para melhorar sua preparação, em 2011 ela se mudou para Cuenca, no Equador, onde mora até hoje com o marido e treinador, o equatoriano Andrés Chocho. Treinando a 2.500m acima do nível do mar, ela aprimorou seu nível e se tornou uma das maiores marchadoras do mundo. O Equador é um país referência na modalidade.

A pernambucana de Camaragibe foi 4ª colocada nos dois últimos Mundiais e também no de 2018. Ela ainda entre as quatro primeiras colocadas nas quatro últimas copas do mundo, sendo bronze em 2016. Érica tem, ainda, duas medalhas de Jogos Pan-Americanos, prata em Toronto-2015 e bronze em Lima-2019.

Na Olimpíada de Tóquio, ela chegou como a sétima do mundo no ranking da World Athletics, bem próxima das três que estavam à sua frente. Neste ano, ela ainda quebrou o recorde sul-americano da marcha atlética 35km ao disputar como convidada o Campeonato Nacional de Marcha Atlética do Equador, na cidade de Macas.

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