A seleção brasileira de caratê terá, a partir deste ano, um grande desafio: o primeiro ciclo olímpico do esporte - a modalidade foi incluída no programa dos Jogos de Tóquio em 2020 - e Ricardo Aguiar, coordenador-geral técnico, terá a responsabilidade de comandar os atletas pelos próximos quatro anos. E o trabalho já começou.
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“Este primeiro ano do ciclo olímpico é muito importante, pois já começa a contagem de pontos no ranking mundial”, disse Ricardo. O coordenador-geral da seleção de caratê já preparou o planejamento para 2017, incluindo treinamentos, métodos e competições e diz estar confiante em uma boa temporada da equipe. “Temos um histórico muito bom de resultados, e há uma grande chance de mantê-los, mas precisamos trabalhar muito para isso”.
O planejamento inclui dois treinamentos realizados no estado do Paraná, primeiro na cidade de Foz do Iguaçu e depois em Londrina, a noroeste da capital Curitiba, que visam a disputa do Pan-Americano em Curaçao, na América Central, em maio deste ano.
O primeiro treinamento está marcado para acontecer entre os dias 05 e 09 de abril, quando haverá o Open Internacional Foz do Iguaçu, disputado como um desafio contra o combinado sul-americano. O segundo, em Londrina, será realizado entre os dias 18 e 21 de maio. No dia 22, a equipe embarca com destino à Willemstad, capital de Curaçao. O Pan-Americano será disputado entre os dias 22 e 27.
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A seleção brasileira de caratê também terá representantes no World Games, que será disputado em Breslávia, na Polônia, no mês de junho, e nas etapas da Premier League.
Para garantir bons resultados, Aguiar conta que o objetivo é deixar os trabalhos cada vez mais precisos. “Fizemos a divisão entre masculino e feminino e assim conseguiremos estar cada vez mais próximos dos atletas e acompanhar de perto o desenvolvimento deles”. O coordenador-geral acumulará a função de treinador da seleção masculina, enquanto a seleção feminina ficará a cargo de Diego Spigolon.
Caratê olímpico
Em agosto de 2016, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Tomas Bach anunciou durante um congresso da entidade no Rio de Janeiro que o caratê se tornaria uma modalidade olímpica a partir de 2020, junto do surfe, escalada, softball e skate .
A inclusão dos cinco esportes faz parte do pacote de reformas iniciadas em dezembro de 2014. A ideia é que os anfitriões dos Jogos tenham a chance de trazer ao ambiente olímpico esportes que sejam mais populares em seus países, como o caratê, com intenção de aumentar a audiência e atrair potenciais patrocinadores.