Martine Grael e Kahena Kunze, a dupla que protagonizou ótimos momentos para o torcedor brasileiro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, após garantir a medalha de ouro na categoria categoria 49er FX da vela , foi indicada ao prêmio de melhores velejadoras do ano, promovido pela Federação Internacional de Vela (ISAF).

A cerimônia que pode premiar as brasileiras medalhistas de ouro acontecerá na cidade de Barcelona, na Espanha, no dia oito de novembro. Elas irão concorrer com as velejadoras Marit Bouwmeester, da Holanda, Cecilia Carranza Saroli, da Argentina, a dupla britânica Hannah Mills e Saskia Clark e a francesa Charline Picon.

Ouro nos Jogos Rio 2016, Martine Grael e Kahena Kunze foram indicadas ao prêmio de melhores velejadoras do mundo
Divulgação/Danilo Borges/ME
Ouro nos Jogos Rio 2016, Martine Grael e Kahena Kunze foram indicadas ao prêmio de melhores velejadoras do mundo

"É uma honra entrar para a lista das melhores do ano depois de uma final de Jogos Olímpicos tão emocionante. Estou satisfeita com os resultados da temporada e de ter sempre mantido o nível mesmo com a lesão que a Kahena teve. Estamos gratas pela indicação", disse Martine Grael, lembrando da disputa emocionante no Rio, quando conseguiram ultrapassar as adversárias na última e decisiva boia.

LEIA  MAIS:  Rio 2016 estabelece novo patamar para o esporte olímpico e paralímpico

Os grandes vencedores das categorias masculina e feminina serão escolhidos por membros e autoridades nacionais da ISAF e, pela primeira vez, pelo público. A votação popular será aberta em 4 novembro por um período de 72 horas. Os detalhes para a votação serão divulgados em breve.

Essa é a segunda indicação da dupla brasileira. Em 2014, ano em que foram campeãs mundiais, Martine e Kahena foram as vencedoras do prêmio. Além delas, o Brasil já venceu com Robert Scheidt, em 2001 e 2004, e com Torben Grael, pai de Martine, em 2009.

FAMÍLIA CAMPEÃ

Depois de conquistar a medalha no Rio, Martine manteve a tradição da família Grael na vela. E foi em 1984, em Los Angeles, que tudo começou. Torben, ao lado de Daniel Adler e Ronaldo Senfft, ficou com a prata na classe Soling. Na Olimpíada seguinte, de Seul, em 1988, Lars Grael e Clínio Freitas ficaram com o bronze na Tornado. Torben também levou o bronze para casa, na Star, ao lado de Nelson Falcão.

Já em Atlanta 1996, Torben Grael e Marcelo Ferreira, na Star, e Robert Scheidt, na Laser, fizeram uma ótima competição e garantiram o lugar mais alto do pódio para o Brasil. Já a dupla Lars Grael e Kiko Pellicano levou o bronze na classe Tornado.

LEIA MAIS:  Atletas acreditam que Paralimpíada fará pessoas com deficiência saírem de casa

Na Olimpíada de Sydney, quatro anos mais tarde, Torben Grael e Marcelo Ferreira ficaram com o bronze na classe Star, enquanto Scheidt foi prata na Laser. Mas eles se superaram na edição seguinte. Nos Jogos de Atenas, em 2004, o Brasil conquistou dois ouros com seus principais velejadores da história. Scheidt foi ao lugar mais alto do pódio na classe Laser e a dupla Torben Grael e Marcelo Ferreira ganhou o primeiro lugar na Star.

Nos Jogos de Pequim, em 2008, a vela brasileira ganhou duas medalhas: com Fernanda Oliveira e Isabel Swan, um bronze, na 470, e com Robert Scheidt e Bruno Prada, na classe Star, que ficaram com a prata. Quatro anos depois, em Londres, a dupla Scheidt e Prada repetiu a dose e faturou o bronze na mesma classe. O ouro voltou no Rio de Janeiro de forma inédita com as mulheres.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!