Lais Souza sofreu um acidente de esqui em 2014 que a deixou tetraplégica - ela estava treinando e disputaria os Jogos Olímpicos de Inverno daquele ano, em Sochi, na Rússia, mas sua carreira no esporte de neve foi abreviada. A brasileira, entretanto, não desistiu das competições e agora tem novos desafios na sua vida: esporte paralímpico e psicologia.
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Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, Lais Souza acompanhou a seleção feminina de ginástica artística do Brasil e acompanhou de perto o desempenho das atletas. Lembrando que ela era ginasta e competiou nos Jogos de Pequim, em 2008. "Gostei muito da maturidade das meninas, desde a atitude no momento do aquecimento até a hora da apresentação. Foi basicamente uma competição sem quedas", comentou a ex-ginasta.
Mesmo sem medalhas, os destaques do Brasil foram as jovens Flávia Saraiva, de 16 anos, e Rebeca Andrade, de 17. As duas asseguraram vaga na grande final do individual geral, mas não conseguiram subir ao pódio.
Bocha e hipismo
Com o coração na ginástica artística, mas também de olho em outros esportes, Lais Souza arrumou um tempo para assistir as competições de hipismo no Rio 2016. Mas por que? Ela foi convidada a praticar algumas modalidades paralímpicas e estuda a volta ao esporte. "Agora que as Olimpíadas terminaram vou conhecer melhor a bocha e o hipismo. Quero voltar a praticar esporte e essas modalidades permitem que eu possa fazê-los dentro das minhas condições", comentou.
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Dois anos e meio depois do acidente que a deixou tetraplégica, a ex-ginasta se dedica atualmente à fisioterapia diária focada na evolução gradativa dos movimentos. Porém, com a agitada agenda de atividades no Rio 2016, ela precisou diminuir a intensidade do tratamento.
"Tive que dar essa parada por causa dos Jogos, mas assim que terminaram as competições voltei à minha rotina de três horas diárias de fisioterapia. Mas durante os Jogos, tive uma máquina de eletroestimulação e continei tomando o meu ‘choquinho’ todos os dias", explicou .
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No começo de 2017, Lais Souza começará também a faculdade de psicologia. "Esse será o meu mais novo desafio. Antes do acidente eu estava cursando educação física porque amo esporte, sou espoleta. Acabei optando pela psicologia porque também é uma área que gosto e posso adaptar à minha situação física hoje. Vou ser novamente caloura e espero e estou animada", finalizou.