Enquanto aguardam para receber os Jogos Paralímpicos , o Parque Olímpico da Barra , o Complexo de Deodoro e a Vila Olímpica passam por adaptações para receber os paratletas. As instalações estão sendo adaptadas, principalmente na área de disputa das provas e no acesso dos competidores. Tudo isso ocorre em meio a cortes de custos e readequações de projetos.
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A Paralimpíada sofreu mudanças profundas em relação ao projeto original. O motivo foi a falta de recursos anunciada no fim da Olimpíada do Rio . Com problema de caixa, o Comitê Rio-2016 remanejou verba prevista para a Paralimpíada e empurrou o problema para a competição que começará no dia 7 de setembro.
Sem dinheiro, os organizadores dos Jogos chegaram a cogitar até mesmo a revisão do programa de disputas da Paralimpíada, mas mantiveram a competição com as 22 modalidades previstas. Os cortes acabaram recaindo sobre a logística e a operação, com locais de disputas sendo remanejados.
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No Parque Olímpico, a Arena Carioca 3, por exemplo, receberá a disputa de esgrima em cadeira de rodas, modalidade prevista até o mês passado para ser disputada na Arena da Juventude , em Deodoro. Já a Quadra 1 do tênis teve seu piso coberto por gramado sintético e receberá as disputas de Futebol de 5 para cegos. Essa alteração já era prevista.
Equipamentos utilizados nas mais diversas arenas durante a Olimpíada também estão sendo remanejados. O reservado utilizado pelo técnico e jogadores do rúgbi, por exemplo, saiu de Deodoro e foi instalado ao lado do gramado artificial do Futebol de 5.
Dentro das arenas, as principais mudanças são nas áreas de disputa. “As arenas já são acessíveis e a grande mudança é na área de competição. O estádio da ginástica (Arena Rio) se transforma em estádio de basquete em cadeira de rodas, a quadra de tênis se torna de Futebol de 5 e assim por diante. A parte significativa é na área de competição e todo o sistema de fluxo de atletas”, explicou Gustavo Nascimento, diretor de Instalações do Comitê Rio-2016. “Temos também uma verificação de acessibilidade. Às vezes temos uma passagem de cabo que precisa ser realocada, um sistema de rampa que precisa se refeito, mas nada muito significativo”, garantiu.
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Assim, quem foi ao Parque durante a Olimpíada e voltar ao local a partir do dia 7 encontrará o local com algumas mudanças. A mais icônica delas, porém, já estava prevista e passou ao largo dos problemas financeiros: os anéis olímpicos estão sendo retirados e substituídos pelo símbolo dos Jogos Paralímpicos, chamado de Agitos.
Deodoro
Segundo principal centro de disputas durante a Olimpíada, o Complexo Esportivo de Deodoro terá uma função “mais discreta” na Paralimpíada. Devido à contenção de custos, as áreas comuns do complexo ficarão fechadas e o público terá acesso apenas às instalações olímpicas.
“Nossa operação em Deodoro será em três arenas independentes: tiro, o estádio de Deodoro para o Futebol de 7 e o hipismo”, explicou Nascimento. “Temos uma demanda de público muito menor lá (em relação à Olimpíada) e queremos ter eficiência. Não queríamos que o público tivesse uma experiência vazia. A praça de convivência comportava 65 mil pessoas por dia e a demanda prevista agora é de 20 mil”.
Mesmo com as mudanças, o público brasileiro está demonstrando interesse em acompanhar as disputas in loco. Após assustar os organizadores com a baixíssima venda até o fim dos Jogos Olímpicos, os ingressos da Paralimpíada começaram a ter forte demanda na última semana. Até sexta-feira, mais de 900 mil bilhetes haviam sido comercializados. O total colocado à venda é de 2,5 milhões