Andreia Bandeira pode dar a segunda medalha do boxe brasileiro no Rio-2016. Atleta da categoria até 75kg, ela alcançou as quartas de final depois de estrear com vitória, neste domingo, no Riocentro, sobre a panamenha Atheyna Bylon, por decisão dividida dos árbitros laterais. Na próxima rodada, quarta-feira, ela terá pela frente a Qian Li, da China, prata no Mundial de 2014. Se vencer, garante o bronze, no mínimo.
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Aos 29 anos, Andreia foi a última boxeadora brasileira a estrear no Rio 2016. Só entrou pela primeira vez no ringue depois que outros sete atletas da casa já estavam eliminados e com Robson Conceição garantido na final entre os leves. Teve que segurar a ansiedade.
"Primeiro baque foi na luta do Patrick (Lourenço) ver aquela torcida. Deu uma sensação maravilhosa. Até me emocionei. Fiquei quase uma semana só treinando, isso atrapalhou um pouco. A gente sabe que não é fácil para gente, uma torcida dessa, mas não me atrapalhou, não", comentou ela.
Contra Bylon, Andreia fez um duelo equilibrado, como já se imaginava. As duas se enfrentaram em abril, quando a panamenha não deixou a brasileira avançar no Campeonato Continental. Depois, em maio, Andreia venceu na estreia no Mundial.
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Dessa vez, Bylon mudou a forma de lutar e surpreendeu Andreia, que demorou a entrar na luta. Quando o fez, conseguiu uma vitória por decisão dividida. Dois árbitros laterais deram empate por 38 a 38, apontando, depois, preferência por Andreia. Outro dos juízes apontou vitória da rival por 38 a 37.
"A gente bolou uma estratégia, mas ela veio diferente. Fui cada round tentando modificar (a forma de lutar) para fazer um bom resultado", explica Andreia, que agora encara a terceira cabeça de chave. "Tem a chinesa aí. Vamos estudar ela. Cada luta é uma luta. Cada torneio é um torneio." As duas nunca se enfrentaram. O farão às 17h da próxima quarta-feira, novamente no pavilhão 6 do Riocentro.