Michael Phelps estava impossível no Rio de Janeiro até encontrar com Joseph Schooling, de Cingapura. Na noite desta sexta-feira, ele disputou sua quinta final e ficou com a prata, chegando a cinco medalhas no total nesta edição da Olimpíada. O norte-americano não teve uma boa largada e viu o rival disparar nos 100 metros borboleta, prova que é sua especialidade e que poderia lhe render o tetracampeonato olímpico.
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Schooling, que já havia se destacado nas eliminatórias, bateu na frente de Phelps com o tempo de 50s39. O norte-americano, que pode conquistar mais um ouro no revezamento 4x100 metros medley, no sábado, anotou 51s14, empatando com outros dois rivais, o sul-africano Chad Le Clos e o húngaro Laszlo Cseh. Eles registraram exatamente o mesmo tempo na final.

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Apesar do revés, Phelps vem tendo uma ótima competição no Rio. O nadador pensou que não conseguiria chegar aos Jogos em tão boa forma. Mas desde que entrou na piscina no Estádio Aquático Olímpico, ficou à frente de seus rivais nas provas de 200m borboleta, 200m medley e nos revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre.
Com a conquista da medalha, Phelps chega a 27 medalhas olímpicas, sendo 22 de ouro. Para se ter uma ideia, o Brasil possui 24 ouros em toda a sua história na Olimpíada. A performance do atleta, inclusive, é tão boa quanto a que ele teve nos Jogos de Londres-2012, quando conquistou quatro ouros e duas pratas.
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Aos 31 anos, ele já decidiu que vai encerrar sua trajetória olímpica no Rio, mas muitos fãs gostariam que ele continuasse, até porque vem mostrando superioridade sobre os adversários na piscina. Mas ele prefere encerrar sua carreira por aqui. "Eu me sinto jovem, mas meu corpo dói após as provas", disse o atleta diversas vezes.
Recorde mundial
Para qualquer especialista, a prova de 800m livre na Olimpíada era a mais fácil de acertar quem levaria a medalha de ouro. E, conforme todas as previsões, ele ficou com Katie Ledecky, que conquistou sua quinta medalha no Rio de Janeiro, sendo quatro de ouro e uma de prata, e ainda por cima bateu o recorde mundial.
A norte-americana é tão especialista nesta prova que desde os 13 anos não perde uma disputa nesta distância. Nos primeiros 100 metros ela já tinha uma vantagem de quase dois segundos sobre a segunda colocada e, a cada volta, a cada braçada, aumentava a diferença.

Até a linha imaginária que mostrava o recorde mundial foi ficando para trás. Quando suas adversárias se mostravam mais cansadas, Ledecky parecia ter mais força. E, com estilo, ela diminuiu a marca que era de 8min06s68 para 8min04s79. Sua próxima meta é baixar a marca para menos de oito minutos.
No Rio, Ledecky ficou com o ouro nas provas de 200m, 400m e 800m livre, além do revezamento 4x200m livre. A medalha de prata veio no revezamento 4 x 100m livre. Muitos a apontam como sucessora de Michael Phelps no que se refere à quantidade de medalhas olímpicas.
Ela pode não alcançar o astro, mas tem tudo para conquistar muitos pódios olímpicos na carreira, até porque tem apenas 19 anos e já começou sua trajetória com um ouro nos Jogos de Londres, em 2012, quando tinha apenas 15 anos. No momento, é a maior especialista no nado livre de média e longa distância na natação.
Hosszu com prata
A húngara Katinka Hosszu, de 27 anos, ganhou na noite desta sexta-feira mais uma medalha na Olimpíada, sua quarta em provas individuais no Rio de Janeiro. A atleta ficou com a prata nos 200 metros costas, atrás apenas da norte-americana Madeline Dirado, que se recuperou no final da prova e marcou 2min05s99. Katinka bateu em 2min06s05, seguida da canadense Hilary Caldwell, com 2min07s54.
Brasileiro fica em sexto
Na prova mais rápida da natação, os 50 metros livre, o brasileiro Bruno Fratus mais uma vez chegou perto, mas acabou ficando sem a medalha nos Jogos Olímpicos do Rio. Ele acabou na sexta colocação com o tempo de 21s79. O ouro ficou com Anthony Ervin, dos Estados Unidos (21s40), a prata com Florent Manaudou, da França (21s41), e o bronze com o norte-americano Nathan Adrian (21s49).

Bruno Fratus era uma das grandes esperanças de medalha do Brasil na natação nos Jogos do Rio. Em Londres-2012, na mesma prova, ele tinha ficado em quarto lugar, atrás de Florent Manaudou, do norte-americano Cullen Jones e do brasileiro Cesar Cielo, que foi bronze - ele não se classificou para esta Olimpíada.
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Fora do pódio, as chances de o Brasil conquistar uma medalha no último dia de disputas são bem pequenas. Se não for ao pódio, o País terá a sua pior participação nos últimos 12 anos - em Atenas-2004, os nadadores nacionais também não subiram ao pódio. Em Londres, o Brasil teve uma prata com Thiago Pereira e o bronze de Cesar Cielo. Quatro anos antes, em Pequim, Cielo ganhou um ouro e um bronze.
Neste sábado, último dia de provas da natação no estádio Aquático dos Jogos Olímpicos, serão realizadas a prova de 50 metros livre feminino, que conta com a brasileira Etiene Medeiros, a final dos 1.500 metros livre e os revezamentos 4x100 metros medley masculino e feminino. Ao contrário dos outros dias, a programação será apenas à noite, começando a partir das 22 horas.