Campeão olímpico em Atenas 2004 e maior nome da história do hipismo brasileiro nas últimas décadas, Rodrigo Pessoa está fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, neste ano de 2016. Um dia depois de afirmar que ele viria ao evento na sexta-feira passada, na noite desta quarta-feira ele anunciou que não aceita a condição de reserva da equipe.

Rodrigo Pessoa está fora do Rio 2016
Divulgação
Rodrigo Pessoa está fora do Rio 2016

O cavaleiro não engoliu ter ficado de fora da equipe titular, formada por Doda, Eduardo Menezes, Pedro Veniss e Stephan Barcha. A surpresa foi a convocação deste último, que não tem histórico internacional e só no começo do ano passou a competir na Europa. Curiosamente, Barcha é treinado por Nelson Pessoa, o Neco, pai de Rodrigo.

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Em comunicado à imprensa, o cavaleiro reclamou principalmente da decisão do técnico George Morris de não considerar forte o conjunto formado por ele e pela égua Citizenguard Cadjanne. Jordan II, seu principal cavalo, se machucou no início do ano. Depois, ele passou a se dividir entre Ferro Chin, que está com uma lesão e tem sofrido com cólicas, Status, que não apresentou resultados de nível olímpico, e Cadjanne.

"O único lugar que não posso contribuir é na reserva. Segundo o técnico George Morris, a minha égua Cadjanine não corresponde as suas expectativas e por isso não vejo coerência nesta convocação de reserva. Imagina se precisamos do reserva. Diante disso, penso que temos um segundo conjunto reserva tão bom quanto os demais e não quero impedi-lo de ter a oportunidade de viver a sua primeira Olimpíada", disse Rodrigo, referindo-se a Felipe Amaral, a quem treina.

Rodrigo não escondeu a insatisfação com a decisão do técnico americano. "Participei de seis Jogos Olímpicos como titular. Acredito e reafirmo o que avisei à comissão técnica: minha égua estaria pronta no momento adequado. Assim como em várias outras ocasiões, meus cavalos sempre chegaram preparados para contribuir com sucesso para a equipe do Brasil."

O técnico que deixou Rodrigo Pessoa fora da convocação é George Morris, norte-americano medalhista de prata como atleta em Roma-1960 e que colocou atletas no pódio em 1984, 1992, 1996 e 2004. Aos 77 anos, é considerado um dos melhores e mais renomados treinadores do mundo. Ele só foi contratado na virada para esse ano, depois que o francês Jean Maurice-Bonneau foi dispensado por falta de acordo financeiro com a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).

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