Para equilibrar contas, Rio 2016 corta arquibancada do remo e até voluntários Por Thiago Rocha - iG São Paulo | 19/01/2016 15:01:56 - Atualizada às 19/01/2016 15:28:56 Home iG › Esporte › Olimpíadas Após quatro meses operando no vermelho, Comitê Organizador dos Jogos tomou medidas para evitar uso de dinheiro público nas contas Foto: Divulgação Estádio de Remo da Lagoa não terá mais a arquibancada flutuante (à direita) A crise financeira também abalou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Após mais de quatro meses de ajustes econômicos para sair do vermelho e evitar futuros prejuízos ao evento, o Comitê Organizador Rio 2016 anunciou nesta terça-feira cortes estruturais que, segundo Mario Andrada, diretor executivo de Cominicação do órgão, vai equilibrar o orçamento. Leia: Rio 2016 coloca mais 500 mil ingressos à venda a partir desta quinta-feira Entre as medidas, divulgada num encontro com jornalistas, em São Paulo, estão o corte de 20 mil vagas para voluntários (passa de 70 mil para 50 mil), a redução da frota de carros para a organização (de cinco mil para quatro mil) e a desistência de construir uma arquibancada móvel flutuante no Estádio de Remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Leia: Atraso em obras ainda espanta Jogos Olímpicos do Rio 2016 a 200 dias do início A estrutura flutuante teria capacidade para quatro mil lugares e foi colocada no projeto como atrativo para os fãs do remo e da canoagem velocidade, mas o custo envolvido, de pouco mais de R$ 2,5 milhões, tornou a ideia inviável, já que a responsabilidade da construção ficou a cargo do Comitê Rio 2016. O órgão ofereceu transferi-la à Federação Internacional de Remo, que não topou a proposta. Aliás, o assunto já era alvo de problemas antes mesmo de qualquer execução, já que o processo de liberação para a arquibancada por parte da Marinha do Brasil e do Iphan (Patrimônio Histórico Nacional) sempre foi rodeado de atritos e critérios nebulosos. Como o Rio 2016 precisava urgentemente cortar gastos, uniu-se o últil ao agradável. Também para baratear a operação, o Comitê Rio 2016 adiou em dois meses a entrada como administrador da Vila de Atletas, de janeiro para março. Com isso, neste período o custo operacional do espaço continua a cargo da construtora. Estruturas físicas também serão integradas para que vários setores ocupem o mesmo espaço, e não salas separadas - a exceção é a área de doping, que terá a privacidade mantida. Os números não foram oficializados, mas o Comitê Rio 2016 trabalha com orçamento de cerca de R$ 7,4 bilhões para a organização do evento. Não há uso de dinheiro público, apenas verba captada com patrocinadores e COI (Comitê Olímpico Internacional). Link deste artigo: https://esporte.ig.com.br/olimpiadas/2016-01-19/para-equilibrar-contas-rio-2016-corta-arquibancada-do-remo-e-ate-voluntarios.html