Os atletas da elite mundial do surfe fazem por merecer estarem onde estão. Em cada evento, uma nova surpresa e performances de altíssimo nível. Na areia, a torcida vai à loucura e vibra a cada diferente manobra.
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Por isso, a WSL selecionou as cinco melhores baterias do circuito mundial do surfe em 2017. Foram cinco diferentes atletas em alguma das 11 etapas do tour. Na relação, há dois brasileiros, um havaiano, um sul-africano e um australiano. Dentre os fatores para a escolha, estão o contexto no qual a bateria aconteceu, localização, táticas e a busca pelo título mundial.
1º Filipe Toledo (Corona Open J-Bay, África do Sul)

Trata-se da terceira bateria do quarto round em Jeffrey's Bay. O surfista local de Ubatuba entrou na água contra Jordy Smith e Julian Wilson. Filipinho estava inspirado em toda a etapa, afinal, tinha ficado de fora na anterior em Fiji, por conta de uma punição aplicada pela WSL.
O brasileiro deixou o mar com o placar final de 19 pontos, um 9 e uma nota máxima. Deixou, inclusive, o local Jordy Smith ir para a repescagem. Com show de surfe, duas notas 10 em todo o evento e a melhor campanha da semana, Filipe Toledo levou a melhor e levantou o caneco na África do Sul.
2º John John Florence (Drug Aware Margaret River Pro, Austrália)

O duas vezes campeão mundial mostrou domínio na segunda etapa do CT de 2017 e mostrou porque mereceu subir no lugar mais alto do pódio. A campanha em Margaret River foi incrível durante praticamente todo o evento. Os placares assustam: 19.27 no terceiro round, 19.16 no quarto, 18.04 nas quartas de final, 19.27 na semi e 19.03 na grande decisão.
Mas a bateria escolhida pela WSL foi a semifinal contra Jack Freestone. Foram apenas três ondas surfadas pelo havaiano John John Florence . A primeira lhe deu um 7.17, que logo foi descartada pelas outras duas. 9.37 e 9.90 fecharam o placar em 19.27 , contra apenas 10.57 do local australiano.
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3º Jordy Smith (Corona Open J-Bay, África do Sul)

Em casa, o local sul-africano mostrou que conhece muito bem as ondas de Jeffrey's Bay. No terceiro round, durante a sétima bateria contra Leonardo Fioravanti, Jordy Smith não deu nem chance para o italiano.
Sem mais nem menos, ele conseguiu duas notas máximas e fechou a bateria com 20 perfeitos pontos. "Eu nunca em meus sonhos mais loucos pensava que fosse conseguir um 20 perfeito, e chegar aqui em J-Bay, torna isso especial", disse Smith, após o confronto.
4º Julian Wilson (Billabong Pro Tahiti)

A sétima etapa do tour de 2017 foi eletrizante. A final, mais ainda. E estamos falando do duelo entre Gabriel Medina e Julian Wilson . Um destaque para o australiano, que venceu o brasileiro após duas belas ondas que lhe deram notas 9.23 e 9.73. Medina bem que tentou mas fechou o placar com 17.87 (8,67 e 9.20) e ficou com o vice.
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5º Gabriel Medina (Quiksilver Pro France)

A semifinal contra o então campeão mundial John John Florence era uma espécie de tudo ou nada. Medina estava teoricamente longe da briga pelo título, mas tirar o líder do ranking da competição, chegar à final e uma possibilidade de vencer a etapa era importante para o brasileiro.
Apesar de uma nota 9 do bicampeão mundial de surfe havaiano, Gabriel Medina juntou um 8.57 com um 7.83 e tirou Florence da jogada. A semi fechou o placar em 16.40 para o atleta da praia de Maresias, contra 16.00 o adversário do Havaí. O brasileiro chegou na decisão contra Sebastian Zietz e ainda venceu a etapa francesa.