Michael Phelps fez história dentro das piscinas e conquistou 28 medalhas olímpicas ao longo da carreira. Apesar do sucesso, também viveu momentos sérios de depressão e crises de ansiedade e confessa que chegou em pensar em se matar algumas vezes.
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O ex-nadador participou recentemente de uma conferência sobre saúde mental em Chicago, nos Estados Unidos e, em um papo de 20 minutos com a plateia, falou sobre os problemas que viveu no auge da carreira. "Já pensei, sim, em suicídio", comentou Michael Phelps
. As informações são da rede de notícias "CNN".
Exigência máxima e crise de depressão
Phelps lembrou que seu técnico acreditava que ele poderia ser campeão já nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, mas naqueles Jogos ele acabou perdendo a prova por menos de meio segundo. Essa derrota o motivou a continuar e buscar o seu primeiro ouro em Atenas - 2004. "Eu tinha fome, fome e queria mais. Queria me pressionar para realmente ver qual era o meu limite", disse.
Entretanto, tanta pressão teve um preço. "Sério, depois de cada Olimpíada eu entrava em um grande estado de depressão". O quadro costumava se repetir sempre na mesma época do ano. "Diria que 2004 foi o primeiro momento de depressão que eu vivi".
Também depois das Olimpíadas que Phelps virou notícia fora das piscinas, por problemas relacionados a drogas. Segundo ele, essas substâncias eram uma maneira de conseguir fugir de qualquer coisa que fosse que quisesse fugir.
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"Não queria viver mais"
O pior momento foi depois dos Jogos de Londres, em 2012. "Não queria mais estar no esporte. Não queria viver mais", disse Phelps, que ainda contou que na época passou de três a cinco dias trancado no quarto, sem dormir, se alimentando muito mal e "apenas não querendo mais estar vivo".
Era o momento de pedir ajuda.
Recuperação
Ele falou que foi para uma clínica e sofreu no começo. "Lembro do meu primeiro dia de tratamento e eu estava tremendo, tremendo porque estava nervoso pela mudança que estava por vir. Eu precisava descobrir o que estava acontecendo".
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Aos poucos, ele disse que conseguiu falar sobre os sentimentos e quando se perguntava porque não tinha feito isso antes, pode compreender que ainda não estava preparado. "Agora eu entendo que é OK não estar Ok", comentou Michael Phelps na conferência. "Sou extremamente agradecido por não ter tirado a minha vida".